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Mesmo no PSB, Freixo despreza França e defende Haddad em SP

Freixo despreza FrançaO Globo – Filiado ao mesmo partido de Márcio França, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) tem defendido a candidatura do rival de França, Fernando Haddad (PT), ao governo de São Paulo nas eleições do fim do ano.

O ex-governador de São Paulo tenta viabilizar sua candidatura pelo PSB e com o apoio do PT, mas Freixo dá razão aos petistas, que preferem o nome de Fernando Haddad para a disputa.

Freixo é um dos principais articuladores nacionais da aliança entre o PSB e o PT e sua opinião causa desconforto entre os aliados de França.

“Haddad está na frente e o estado tem muita centralidade para o PT, o que eu compreendo perfeitamente. Eu sei que em São Paulo o PT não vai abrir mão, é o único lugar em que não abrirão mão, e eles têm razão para isso. O Haddad está na frente e, se ele deixar de ser candidato, os votos irão para o (Guilherme) Boulos, não para o Márcio França”, afirma o deputado.

“Os argumentos que eles (petistas) utilizam têm coerência. O debate exigirá maturidade”.

O apoio do PT à candidatura de França é uma das exigências colocadas à mesa pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, para a formação de uma federação com os petistas.

O casamento incluiria ainda a filiação de Geraldo Alckmin ao partido, com a possível indicação dele para vice de Lula na disputa presidencial.

Procurado pela equipe da coluna, França não quis comentar as tratativas do PSB com o PT, mas reagiu aos comentários de Freixo.

“Haddad tem vários votos como os do Freixo, de fora de São Paulo. Os meus votos são nas comunidades paulistas”, diz o ex-governador.

“Mas respeito as opiniões de pessoas especiais como Freixo. Se eu votasse no Rio de Janeiro, votaria nele”.

França sonha em ver Haddad candidato ao Senado, abrindo caminho para ele ganhar eleitores na centro-esquerda.

Datafolha

Segundo pesquisa do Datafolha divulgada no fim de dezembro, a corrida pelo governo de São Paulo é liderada por Geraldo Alckmin (sem partido), que comandou o estado em quatro ocasiões. Mas seus aliados dizem que ele tem trabalhado para ser o companheiro de chapa de Lula.

No cenário sem o ex-governador, Haddad lidera com 28% de intenções de voto, seguido de França (19%) e Guilherme Boulos (PSOL), com 11%.

Sem Alckmin e Haddad, França lidera com 28%, mas a migração de votos do eleitor de Haddad para França e para Boulos é parelha (30% cada), indicando que a transferência não seria automática e poderia haver uma fragmentação da esquerda paulista.

Presidentes desconversam

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o dirigente do PSB, Carlos Siqueira, foram procurados nos últimos dias para comentar o posicionamento de Freixo, mas não responderam. Haddad está com Covid-19 e não tem falado com a imprensa durante o período de recuperação da doença.

São Paulo não é o único obstáculo para a aliança entre PSB e PT: os socialistas também colocam como condição o apoio petista no Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Mas a negociação sobre quem será o candidato dos dois partidos na disputa paulista é a mais difícil.

A margem para um entendimento é estreita: os partidos precisam deliberar sobre a federação partidária até o início de março, o que inclui a elaboração de um programa comum e o estatuto de comando da federação.

Caso optem por uma aliança apenas para a eleição deste ano, com uma coligação, o prazo é maior e vai até 5 de agosto, data limite para a realização das convenções partidárias.

Freixo acredita que, à exceção de São Paulo, o PT apoiará o PSB nos demais estados, principalmente em Pernambuco, onde o PSB governa desde 2007. O estado é considerado o centro gravitacional da legenda.

“Eu tenho certeza absoluta de que o PSB vai indicar neste mês um nome (para o governo) em Pernambuco e que o PT vai apoiar. Resolver Pernambuco é um passo enorme para resolver os demais entraves (do acordo entre os dois partidos) no Brasil. Estamos muito mais próximos da solução do que do problema”, afirma Freixo. 

Ele também diz que o PT deverá apoiar a reeleição de Renato Casagrande ao governo do Espírito Santo. A conversa também estaria avançando de forma satisfatória no Rio Grande do Sul.

No Rio, Freixo diz acreditar que o PT vai apoiá-lo, apesar das movimentações feitas pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), para se lançar como o candidato petista no estado.

Sinais trocados

Nesta quarta-feira, em entrevista a jornalistas de sites simpáticos à sua candidatura, porém, o ex-presidente Lula disse que o PT deverá apoiar Freixo.

“Nós defendemos a candidatura do Freixo no Rio de Janeiro”, afirmou.

Os dois políticos se encontraram mais de uma vez no ano passado para tratar da aliança no estado, que garantiria ao petista um palanque na base eleitoral de Jair Bolsonaro.

A declaração de Lula colide com a opinião de petistas do Rio, como o presidente do PT-RJ, João Maurício de Freitas, e Washington Quaquá, ex-prefeito de Maricá (RJ).

Ambos negaram que o apoio a Freixo esteja fechado.

Para atrair aliados, um dos pontos que Freixo terá negociar dentro do próprio partido é abrir mão de lançar Alessandro Molon (PSB) para o Senado.

O deputado federal vem se colocando na disputa, mas a vaga, assim como a vice, são moedas de troca para conquistar aliados, oferecendo a vaga inclusive ao PT.

Foto: Reprodução

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Por Redação

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