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Mentira para invadir o Iraque – HÁ VINTE ANOS, 05/02/2003, Colin Powell, secretário de Estado do governo George W. Bush/Dick Cheney, apresentava diante do Conselho de Segurança da ONU, um tubo de vidro com pó branco em seu interior.
Tratava-se de mais uma prova forjada no dossiê que apresentava para comprovar a ameaça de Saddam Hussein com o seu arsenal de “armas de destruição em massa”, contra os Estados Unidos e contra o Mundo.
Era a justificativa para a posterior invasão e destruição de um país laico, em cuja operação abriu-se espaço para o posterior sinistro Estado Islâmico.
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DESTE CRIME CONTRA A HUMANIDADE, fundado numa mentira posteriormente comprovada, e nunca investigada pelo Tribunal de Haia, resultaram a morte de 600 mil iraquianos, 4559 soldados americanos ( 32.325 feridos e mutilados), para além de 150 mil sírios e iraquianos assassinados depois pelas hordas do Estado islâmico.
POWEL, UM VAIDOSO, sabia que a informação não correspondia ao que diziam os órgãos de espionagem.
Mas se submetia às ordens de um esquema criminoso, chefiado por Cheney, como agente acessório de uma operação que fez com que as ações da Hallyburton – petroleira da qual o vice-presidente Dick Cheney era CEO antes de se tornar cúmplice de Bush na Casa Branca, e que se tornou proprietária da estatal petrolífera iraquiana – subissem até 500% nos anos posteriores.
UMA OPERAÇÃO cujas vísceras fétidas – operar em qualquer ponto do planeta, legalizar a tortura, quebrar a fronteira de privacidade dos cidadãos americanos, entre outras – estão expostas no filme-documentário “Vice”, ora em exibição na Premium.
É uma peça importante para quebrar os argumentos de todos os idiotas, americanófilos que, com amplo espaço na mídia corporativa, insistem em citar os Estados Unidos como “democracia modelo” a ser seguida por todos os outros países. Na lei ou na marra.
Por Milton Temer, jornalista, foi deputado estadual constituinte, deputado federal por dois mandatos e fundador do PSOL
(Publicado originalmente pelo portal Disparada)
(Foto: Reprodução)
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Este texto é opinativo e não reflete, necessariamente, a opinião do site Brasil Independente.