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Ministro defende trabalho informal: ‘Flanelinha ganha R$ 4 mil por mês’

Ministro defende trabalho informal – UOL – As diferenças regionais do Brasil devem ser levadas em conta ao se analisar o avanço do trabalho informal, afirmou hoje o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, durante um evento do setor de construção.

“Um flanelinha no Leblon ganha R$ 3.000, R$ 4.000 por mês. O flanelinha! Mas alguém em Jucurutu, no interior do [Rio Grande do Norte, que trabalha] tangendo animais, ganha R$ 200. É uma realidade completamente diferente. As pessoas têm que compreender isso para poder entender o país”, disse o ministro.

As falas do ministro ocorreram no mesmo dia em que o IBGE divulgou que, no terceiro trimestre, a taxa de informalidade subiu para 40,6% da população ocupada, com 37,709 milhões de trabalhadores atuando sem carteira assinada.

Os números representam aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 2,6 pontos percentuais frente ao mesmo período em 2020. De acordo com o IBGE, os postos de trabalho informais respondem por 54% do aumento na ocupação

Em sua participação no evento, Marinho destacou que no Brasil sempre houve um grande volume de trabalhadores na informalidade. “Isso não é nenhuma novidade”, afirmou.

Em sua avaliação, a queda de circulação de pessoas no mundo, em 2020, por causa da pandemia, levou cada vez mais pessoas a buscar um trabalho com carteira assinada.

“Essa grande massa de pessoas que trabalhavam na informalidade, pela falta de circulação de pessoas, correu para a formalidade, por uma questão de sobrevivência”, afirmou.

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Ministro foi relator da reforma trabalhista

Então deputado, Marinho foi relator da reforma trabalhista na Câmara no governo Michel Temer.

Maior mudança nas leis trabalhistas desde a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), a reforma instituiu mudanças como o trabalho sem hora fixa, com salário por hora, o fim do imposto sindical e a maior dificuldade de acesso à Justiça gratuita.

Na época, o governo e Marinho defenderam que a reforma criaria milhões de empregos e reduziria a informalidade no país.

Desemprego atinge 13,5 milhões no país

taxa de desemprego no Brasil caiu para 12,6% no trimestre encerrado em setembro de 2021 —recuo de 1,6 ponto percentual em comparação ao registrado no período de abril a junho (14,2%).

Em relação ao terceiro semestre de 2020 (14,9%), a queda foi de 2,3 pontos percentuais.

O número de pessoas ocupadas chegou a 93 milhões, aumento de 11,4% frente ao mesmo período do ano passado e de 4% em comparação com o trimestre móvel encerrado em agosto.

Mas o desemprego ainda atinge 13,5 milhões de brasileiros. As informações faz parte dos resultados da Pnad Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A média de rendimento real habitual dos brasileiros, no entanto, chegou a R$ 2.459 — queda de 4% em relação ao trimestre anterior e de 11,1% frente ao terceiro trimestre de 2020.

Isso porque muitas das vagas que têm sido reabertas são de postos de baixa remuneração, como empregos informais.

 

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Por Redação

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