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Moraes envia minuta golpista ao TSE – Ministro do STF, Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal envie ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma cópia da minuta golpista encontrada na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL).
O documento foi incluído pelo TSE em uma ação que investiga a campanha de reeleição do ex-presidente após pedido do PDT.
Bolsonaro ameaça PL: “Vou pôr a boca no trombone”; entenda
No esboço, Bolsonaro decretaria Estado de Defesa na sede do TSE e criaria uma comissão, com maior número de membros do Ministério da Defesa, que investigaria uma suposta fraude apenas no segundo turno e somente na votação para a presidência, da qual ele saiu derrotado.
Ao acatar o pedido do PDT de incluir a minuta do golpe, o ministro do TSE Benedito Gonçalves pediu que Moraes enviasse uma cópia à Corte, o que foi feito agora.
Entenda a ação
A ação do PDT pede que a investigação de uma reunião que Bolsonaro fez em julho do ano passado no Palácio do Planalto com embaixadores, em que apresentou o que chamou de “provas” sobre falhas nas urnas eletrônicas.
Apesar de ter prometido fatos novos, foram mostradas apenas teorias já desmentidas anteriormente.
No entendimento do partido, a minuta deveria ser incluída no processo pois ajuda a provar o plano de Bolsonaro para tumultuar as eleições, ou para “densificar os argumentos que evidenciam a ocorrência de abuso de poder político tendente a promover descrédito a esta Justiça Eleitoral e ao processo eleitoral, com vistas a alterar o resultado do pleito”, diz a ação.
Para Gonçalves, há uma “inequívoca correlação” entre os fatos. O ministro concordou com o PDT que o discurso naquela reunião “não mirava apenas os embaixadores, pois estaria inserido na estratégia de campanha do primeiro investigado (Bolsonaro) de ‘mobilizar suas bases’ por meio de fatos sabidamente falsos sobre o sistema de votação”, escreveu o ministro.
O partido busca uma condenação contra o ex-presidente por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, o que tornaria Bolsonaro inelegível.
(Com informações de O Globo)
(Foto: Montagem/Reprodução)