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Assédio de dentista em SP – Pelo menos 11 ex-funcionários de uma clínica odontológica de São Paulo denunciam a proprietária, Larissa Bressan, 35, por assédio moral e sexual.
O caso chegou à Justiça do Trabalho. A dentista nega as acusações. O caso foi tema do Fantástico, programa da TV Globo, deste domingo (26).
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As denúncias são contra a proprietária da Hiss Clinical, que fica no Itaim Bibi. Os relatos envolvem toques inapropriados, constrangimento sexual, gritos, tapas e ameaças, segundo ex-funcionários.
Ex-empregados da clínica afirmaram que a dentista os obrigava a tirar a roupa na frente de colegas, passava a mão pelo corpo deles, e até tirava a própria roupa no meio de todos.
“Ela me levou para conhecer a equipe. E tava todo mundo na sala, tava conversando. E uma menina se abaixou para pegar uma coisa no armário pessoal. A Larissa veio por trás dela, pegou a cabeça da menina, e levou até a vagina dela e esfregou como se tivesse fazendo alguma coisa ali nessa região”, contou um homem sobre o seu primeiro dia de trabalho na clínica.
“Abaixava as calças”
Dois deles entraram com ação contra Larissa na Justiça trabalhista, e as primeiras audiências já foram marcadas. Gritos e humilhações também faziam parte da rotina, segundo os relatos. Em reuniões, ela ameaçou os funcionários.
Em um áudio obtido pelo Fantástico, é possível ouvir Larissa mandando um funcionário ir embora e trabalhar em um comércio popular:
“Não quer tomar xingo, abre o consultório de vocês. […] Você não é formado em nada. Abre uma casinha de camelô na 25 (de Março)”.
“Ela abaixava as calças, mostrava as partes íntimas. E ela passava a mão, fazia as pessoas cheirarem. […] Ela queria que eu mostrasse as minhas partes para as pessoas, para os funcionários homens, ou ia me demitir. Eu ficava revoltada, mas eu tinha que fazer para continuar no emprego” – Relato de uma ex-funcionária ao Fantástico
Enquanto publicava vídeos da sua rotina nas redes sociais, sendo simpática e bebendo café, áudios gravados por funcionários mostram a dentista aos gritos:
“Cadê meu café? Tu é doida? Não falei para você que era pra ter um café aqui às oito horas? O que aconteceu, um derrame cerebral? Então vai”, diz a dentista a uma pessoa que teria esquecido de preparar a bebida para ela.
“Como é que você me pega uma coisa que é 110 e me enfia 220 se tem uma etiqueta gigantesca com 110? Não acredito, vocês queimaram o motor elétrico de novo. Eu juro por Deus, que se eu tivesse a possibilidade, se eu pudesse, eu te jogava do 12º andar”, afirma Larissa.
Defesa fala em campanha de “discurso de ódio”
Ao Fantástico, a defesa de Larissa afirmou, por meio de nota, “em 11 anos de consultório, nunca houve notícia a respeito dos fatos” narrados na reportagem nem “qualquer reclamação formal”, que “em nenhum momento esses funcionários a procuraram para uma conversa”.
Além disso, alegou que “os ataques à honra da cirurgiã-dentista começaram após a demissão de um funcionário” e que agora ela é alvo de uma “campanha de discurso de ódio”.
(Com informações de UOL)
(Foto: Reprodução)