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MPT entra com ação contra IBM – Nesta terça-feira (30), o Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma Ação Civil Pública (ACP) contra a IBM, acusada de discriminar trabalhadores residentes em Minas Gerais em processo seletivo.
A ação quer impedir a IBM de praticar ”atos de discriminação a trabalhadores em razão de origem”. O MPT argumenta que empresa de tecnologia da informação apresentou restrições explícitas a candidatos que residissem em Minas Gerais em uma seleção em setembro de 2023. Na época, o BRI noticiou o fato.
No formulário de candidatura à vaga ofertada, os trabalhadores tinham que confirmar que não residiam em MG. Ainda que fosse trabalhar em posição remota, a multinacional alegou não contrataria moradores de Minas por ”razões institucionais”.
A ACP pede o pagamento de multa entre R$ 50 mil a R$ 100 mil por obrigação descumprida, a ser revertido para projetos, órgãos públicos ou entidades beneficentes.
Além disso, o órgão pede uma indenização por dano moral coletivo de R$ 20 milhões.
Esclarecimento público
Na ação, o Ministério Público do Trabalho também pede que a IBM faça um esclarecimento público, divulgando nas mídias, pelo menos quatro vezes, o compromisso de que não fará nenhum tipo de discriminação de trabalhador por motivo de residência ou origem.
Na época, a multinacional não aceitou firmar acordo com o MPT. A empresa chegou a ser chamada para um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para corrigir de forma espontânea suas diretrizes.
A empresa disse em nota que se defenderá das alegações. “A IBM continua contratando ativamente em todo o Brasil, inclusive em Minas Gerais”.
“Se a empresa pode fazer escolhas na admissão de pessoal, não pode, todavia, pautar essas escolhas em discriminações desarrazoadas e odiosas, como é o caso presente, em que o trabalhador, se residente no Estado de Minas Gerais, não poderia ser contratado”, aponta Max Emiliano da Silva Sena, procurador do Trabalho
(Com informações de UOL)
(Foto: Reprodução/IBM)