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Medalha dada a Bolsonaro – O ministério da Justiça concedeu a medalha do mérito indigenista ao presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (16).
Além de Bolsonaro, foram ‘premiados’ ministros como Braga Netto (Defesa), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Tereza Cristina (Agricultura).
Jair Bolsonaro é duramente criticamente pela postura de seu governo em relação aos povos indígenas desde o seu início, em 2019.
Também nesta quarta, o presidente foi vaiado e xingado em Salvador, capital da Bahia.
‘Piada pronta’
Escritor, professor e liderança indígena da etnia que batiza seu sobrenome, Daniel Munduruku demonstrou indignação com o fato.
Para Munduruku, “todos os inimigos dos indígenas brasileiro” estão sendo homenageados pelo governo.
“Chocado aqui: Ministro da (in)Justiça está concedendo a Medalha do Mérito Indigenista a todos os inimigos dos indígenas brasileiros”, escreveu em suas redes sociais.
Autor de 56 livros, o líder indígena chegou a ser indicado para uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2021. A cadeira acabou ficando com o neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho.
“Dizem e dizem certo: o Brasil é o país da piada pronta. Se os inimigos são amigos, os amigos dos inimigos também são amigos? Égua!”, disparou.
Daniel Munduruku é filiado ao PDT de São Paulo e pré-candidato a deputado federal pelo estado nas eleições do fim do ano.
Justiça
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) garante que pretende contestar a decisão.
A condecoração foi criada em 1972 e é oferecida a pessoas que se destacam pelos trabalhos de proteção e promoção dos povos indígenas do país.
(Com informações de G1)
Foto: Reprodução