Share This Article
O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, disse nesta sexta-feira (26) que uma nova vacina brasileira contra a Covid-19, apoiada pelo governo federal, solicitou na quinta-feira (25) autorização para testes em voluntários.
O anúncio foi feito horas depois de o governo de São Paulo divulgar que vai pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para o início dos testes da Butanvac.
“No meu ponto de vista, não tem nada a ver um ponto com o outro”, disse o ministro da Ciência. “Coincidência, bom para o país”, disse Pontes, sem citar o Butantan ou a Butanvac.
Em outubro do ano passado, o G1 contou a história de 11 projetos brasileiros que já buscavam o desenvolvimento de vacinas nacionais. As iniciativas do Butantan e do grupo citado pelo ministro da Ciência já eram monitoradas e estavam acompanhadas ainda de iniciativas da Fiocruz, UFMG e UFPR.
15 protocolos monitorados
Pontes afirmou que o governo federal apoiou 15 protocolos de pesquisa de uma nova vacina brasileira contra a Covid-19 e uma delas, desenvolvida no interior de São Paulo, está em estágio mais avançado.
“Três dessas vacinas avançaram nos pré-testes e agora elas estão entrando na fase dos testes clínicos. (…) Uma dessas vacinas já tem o protocolo registrado na Anvisa para testes clínicos”, disse Pontes, que exibiu uma folha de papel para comprovar o pedido.
Segundo Pontes, os desenvolvedores da vacina começaram em 13 de fevereiro a enviar documentos para a Anvisa e, às 13h23 da quinta-feira (25), pediram autorização para testes clínicos fases 1 e 2.
Queiroga: ‘Agora, é a pátria de máscara. É um pedido que eu faço a cada brasileiro’
‘Versamune’, a candidata da Farmacore, USP e PDS
Segundo o ministro, a candidata a vacina contra a Covid-19 que já solicitou autorização para testes em voluntários é a desenvolvida por empresas do setor em parceria com a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP).
O nome do imunizante é Versamune®️-CoV-2FC, e, segundo o governo, a pesquisa é coordenada pelo pesquisador Célio Lopes Silva, da FMRP-USP, em parceria com a empresa brasileira Farmacore Biotecnologia e a PDS Biotechnology Corporation.
Ela utiliza a tecnologia da “proteína recombinante”, a mesma utilizada, por exemplo, na vacina Novavax.
“Os resultados dos estudos não-clínicos (toxicidade e imunogenicidade) obtidos até o momento demonstram qualidade e competitividade para ser um sucesso nacional e global no controle da Covid-19”, informou o Ministério da Ciência, em nota.