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Novo conselheiro de Lula atuou em privatizações tucanas – O que as privatizações da Cesp (Companhia Energética do Estado de São Paulo) e da Cedae (Companhia de Águas e Esgotos do Rio) têm em comum? As digitais do ex-banqueiro Gabriel Galípolo, 39, hoje um dos conselheiros do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre mercado financeiro.
Presidente do Banco Fator de 2017 a 2021, Galípolo já esteve em campo oposto ao PT. Seja na presidência ou na diretoria de novos negócios do banco, cadeira que ocupou de 2016 a 2017, o economista atuou na modelagem das vendas das duas estatais, ocorridas sob protesto de petistas.
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Em dezembro de 2016, o Governo de São Paulo contratou a consultoria do Fator para privatização da Cesp. No ano seguinte, o banco venceu licitação do BNDES para concepção da venda da Cedae.
Sob o comando de Galípolo, o Fator também atraiu capital estrangeiro para que assumisse a construção e exploração da linha 6 do metrô de São Paulo.
Lula não desconhece a trajetória de seu novo conselheiro. Nem suas opiniões. Simpático à social-democracia instalada na Europa do século 20, Galípolo refuta, por exemplo, a ideia de conflito entre mercado e Estado.
Na noite de segunda-feira (4), durante jantar da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), com economistas, ele expôs seu ponto de vista, lamentando estarmos presos a essa dicotomia. Galípolo também repetiu que “privatização não pode ter um fim em si mesma”, mas estar alinhada a um propósito.
Esse conceito foi posto em prática na privatização da Cedae. O governo do Rio reivindicava que os recursos fossem destinados ao pagamento de dívidas. Mas, pelo modelo concebido, o dinheiro deverá ser revertido em programa de saneamento.
Fonte: Folha de São Paulo
Foto: Reprodução