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ONU faz alerta global – O secretário-geral da ONU, o português António Guterres, fez um alerta sombrio nesta segunda-feira (01).
“A humanidade está a um mal-entendido, a um erro de cálculo da aniquilação nuclear”.
A frase foi dita por Guterres na abertura da 10ª conferência de revisão do TNP, o Tratado de Não Proliferação Nuclear, instrumento multilateral para controle de arsenais atômicos.
“Tivemos uma sorte extraordinária até aqui. Mas sorte não é estratégia nem escudo para impedir que as tensões geopolíticas degenerem em um conflito nuclear”, afirmou.
Maior risco desde a Guerra Fria
O diplomata afirmou que o risco de tal embate hoje “não se via desde o apogeu da Guerra Fria”.
O temor tem relação com a crise e conflito em Rússia e EUA, tendo como palco a Ucrânia. Os Estados Unidos, aliás, aumentaram sua agressividade perante a China.
A visita da presidente da Câmara americana, Nancy Pelosi, à Ásia, com possível parada em Taiwan é a nova crise entre China e EUA.
O governo chinês disse que suas Forças Armadas não ficariam “sentadas esperando” tal viagem ocorrer.
O temor de uma Terceira Guerra Mundial voltou à tona.
Poucos dias de o conflito na Ucrânia começar, em fevereiro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, promoveu grande simulação de guerra, usando as principais armas de seu arsenal.
Em 24 de fevereiro, quando invadiu o território ucraniano, Putin disse que quem se a OTAN ou os EUA interferissem, as consequências seriam inauditas na história.
Três dias depois, colocou suas forças estratégicas em alerta.
Arsenal dividido
Atualmente, Moscou e Washington detêm um arsenal semelhante entre si.
Tecnicamente, os russos estão na frente, mas EUA e Rússia detém o equivalente a 90% das 13 mil ogivas disponíveis no mundo.
Também nessa segunda, Putin fez outro alerta:
“Ninguém ganharia uma guerra nuclear”, sinalizando que uma catástrofe atingiria a todos.
No domingo (31), Putin voltou a apontar para o EUA e à OTAN como as maiores ameaças a Moscou e a estabilidade política no solo europeu.
Já os chineses têm cerca de um quinto das ogivas nucleares que EUA e Rússia.
No entanto, diversos investimentos em infraestrutura militar atômica sugerem um avanço no setor até o fim da década.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Montagem/Reprodução)