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Opinião: “O PT é um partido de esquerda?”

Opinião: “O PT é um partido de esquerda?” – Um partido cujo candidato à presidência e sua cúpula se recusam a dialogar sobre suas práticas, do passado e do presente, equivoca-se ao se autodeclarar de “esquerda”. Lula está bastante distante de Bolsonaro enquanto estadista, mas nem tanto em relação ao seu narcisismo e estratégia eleitoral.

Assim como o atual, o ex-presidente dissimulou a realidade de seus governos, fazendo seus eleitores acreditarem que houve uma mudança na política econômica, enquanto que, na realidade, esta permaneceu igual à de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

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Você – caro leitor e cara leitora do Brasil Independente – deve ser alguém informado, portanto citarei alguns fatos que considero relevantes para nossa reflexão: Lula foi eleito presidente em 2002, após a famosa Carta ao Povo Brasileiro e aliado ao PL (Partido Liberal), bem como ao PCB (Partido Comunista Brasileiro), entre outros; Antonio Palocci assumiu como ministro da Fazenda; houve dissidências no PT e a partir disso surgiu o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade); houve também destruição de reputações, como a da ex-senadora Heloísa Helena; Geddel Vieira Lima assumiu como ministro da Integração Nacional; avançou a desindustrialização do Brasil e o desenvolvimento econômico curtoprazista; sem esquecer de mencionar as diversas indicações do governo petista enlameadas em corrupção.

Já no governo Dilma, Michel Temer foi escolhido como seu vice; o PT produziu fake news – quando nem havia o termo ainda – contra Marina Silva, que, inclusive, foi criticada por não apoiar a candidata do PT no segundo turno; Dilma foi eleita; cresceu o endividamento das famílias brasileiras; Joaquim Levy assumiu como ministro da Fazenda; inauguraram a usina de Belo Monte (mais conhecida como Belo Monstro); Lula quase se tornou ministro da Casa Civil; ocorreu o impeachment de Dilma – alguns golpistas como Renan Calheiros, Eunicio Oliveira e Paulo Câmara são atualmente aliados de Lula –; Lula foi preso de forma arbitrária; PT preferiu perder a eleição de 2018 a apoiar Ciro Gomes, que venceria Bolsonaro no segundo turno de acordo com as pesquisas eleitorais da época; para, enfim, culpar Ciro pela derrota de Fernando Haddad.

É importante fazermos essa retrospectiva, ainda que breve, para percebermos que o PT deixou de ser um partido de esquerda antes mesmo do primeiro governo Lula, lá em 2002, a despeito de seus programas sociais.

Trazendo para os dias atuais, é importante dizer que Ciro Gomes exagerou ao declarar que Lula conspirou pelo impeachment de Dilma – até porque ser ministro da Casa Civil teria livrado o ex-presidente de ser preso por Sergio Moro e garantiria sua candidatura em 2018 –, mas Ciro fez de sua afirmação um acerto ao escancarar para todos os brasileiros a traição do lulopetismo para com aqueles e aquelas que lutaram contra o impeachment de 2016.

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Muitos de nós fomos às ruas e gritamos “Não vai ter golpe!” e “Fora Temer!” – alguns foram até mesmo agredidos nas manifestações – para que Lula, hoje, se alie aos mesmos de sempre, o que, infelizmente, não é uma surpresa. O mais preocupante aqui é a grande parcela da esquerda que parece se esquecer de uma pergunta importantíssima: qual foi a conjuntura que contribuiu para o surgimento do bolsonarismo?

Ora, uma leitura crítica dos governos petistas certamente apontará para dois pontos principais: as graves contradições éticas e a política econômica neoliberal desses governos – autodeclarados – de “esquerda”.

Dessa forma, o leitor ou a leitora já deve ter percebido onde quero chegar e o faço como um sinal de alerta a todos aqueles e aquelas que prezam por nossa democracia: eleger Lula em 2022 consequentemente trará fôlego e sobrevida aos grupos extremistas que temos visto surgir de forma espantosa em nosso país. Eleger um governo petista resultará justamente no oposto à derrota do bolsonarismo, que é muito mais diverso e para além da figura tosca do atual presidente da República.

Finalizando, é preciso compreender que boa parte das narrativas construídas pelo lulopetismo, de 2002 para cá, são pura ficção, utilizadas para manipular o eleitorado. Um exemplo é a tal frente ampla da esquerda – na qual o PT jamais teve qualquer interesse genuíno e, inclusive, segue agindo contra.

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O eleitorado de esquerda tem que perceber que não é possível se unir ao PT sem que seja este um lugar de subserviência, idolatria e silenciamento em relação a todas as contradições do lulopetismo.

Veja o que foi feito do PCdoB (Partido Comunista do Brasil) e do PSOL hoje, após Lula garantir a ida de Marcelo Freixo e Flávio Dino para o PSB (Partido Socialista Brasileiro) em prol de apoio eleitoral em 2022.

Assim como Leonel Brizola não aceitava esse lugar, Ciro e o PDT (Partido Democrático Trabalhista) também não o aceitarão, por isso jamais irão se aliar a um partido que não permite ninguém ao seu lado, somente abaixo de si. Parece que, ao menos, após anos de tantas mentiras, podemos identificar certas verdades, por mais duras que elas sejam para alguns.

Por Bernardo de Vito Schneider


Este texto é opinativo e não reflete, necessariamente, a opinião do site Brasil Independente.

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Por Redação

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