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Tragédia em Blumenau – É difícil acreditar nas notícias que chegam de Blumenau, Santa Catarina. Um desgraçado – não consigo achar outra palavra – de 25 anos pulou o muro de uma creche e matou 4 crianças a golpes de machadinha.
Faltam palavras que possam descrever a sensação que bate no peito deste que, por coincidência, será pai em breve.
Não sou capaz de imaginar o que sentem as mães e os pais dessas crianças nesse momento. É de estraçalhar o coração que qualquer pessoa que tenha um mínimo de decência.
As informações são muitas e diversas, no momento. Seria parte de um jogo de internet, talvez.
Talvez haja novos ataques, alertam outros.
É preciso lembrar que a tragédia de Columbine (EUA), que deixou 15 vítimas, e o ataque de Realengo (2011), no Rio de Janeiro, que vitimou 12 crianças, também ocorrem neste terrível mês de abril.
Somente em uma sociedade profundamente adoecida que crianças são mortas de forma banal em um ambiente em que deveriam aprender e se desenvolver, para se tornarem adultos.
É evidente que a radicalização do Brasil está contribuindo para isso. E tem muita gente com esse sangue nas mãos.
A irresponsabilidade de muitos políticos – sobretudo um deles – também contribui para criar uma sociedade de ódio que vai se acostumando a resolver tudo na base da violência.
É de tremer o corpo a sensação completa de impotência. Como evitar que tais atrocidades se repitam? Como proteger nossas crianças?
Aqueles que vivem falando bobagens e demonizando a educação sexual de crianças e adolescentes deveriam ter a decência de se debruçar sobre como impedir que elas sejam assassinadas brutalmente.
Como a sociedade brasileira ficou tão doente? Como um cara de 25 anos resolve matar crianças, assim, como se não fosse nada.
Eu não tenho as respostas, mas me sobra a revolta e o desânimo ao constatar que o Brasil está se esfacelando perante nossos olhos, sem que ninguém saiba como impedir o fim dessa sociedade como projeto civilizatório.
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Este texto é opinativo e não reflete, necessariamente, a opinião do site Brasil Independente.