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Padre Kelmon recebeu auxílio emergencial – Famoso após a dobradinha com o presidente Jair Bolsonaro (PL) no debate do SBT, o candidato à presidência pelo PTB, Padre Kelmon, como se intitula, se prepara para de novo ganhar holofotes no debate da TV Globo, nesta quinta-feira (29), graças à regra eleitoral que dá o direito de participação a candidatos com representação de cinco ou mais parlamentares no Congresso.
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O candidato era vice de Roberto Jefferson, mas foi promovido à cabeça de chapa após o líder do partido ter sido vetado pela Justiça Eleitoral devido à condenação no escândalo do mensalão.
O plano de governo apresentado por Kelmon ao TSE é o de Jefferson.
No PTB desde dezembro de 2020, Kelmon exalta políticos como Bolsonaro, Jefferson e Daniel Silveira (PTB-RJ) e pede “o fim do STF e a prisão de todos os seus ministros”, nas redes sociais. No entanto, o candidato já foi filiado ao PT, o que considera um arrependimento de sua juventude.
O novo presidenciável é pároco de uma igreja autônoma peruana, a Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, envolta em polêmica mesmo em seu país natal e sem nenhuma ligação com qualquer outra denominação Ortodoxa, o que gerou, inclusive, manifestação da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil ressaltando este ponto. Segundo a assessoria do candidato, Kelmon foi ordenado padre em agosto de 2015.
Auxílio Emergencial
Entre 2020 e 2021, o religioso recebeu 15 parcelas do auxílio emergencial, totalizando R$ 5.100, segundo o portal da transparência. Hoje, em seu canal no Instagram, Kelmon pede doações para sua igreja informando chaves de Pix como o seu email ou CPF. As contas bancárias pertencem ao padre.
A assessoria de imprensa do petebista disse que, “ao contrário da Igreja Católica, os padres da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru não recebem salário e vivem de doações. E prossegue: “Durante a pandemia, as igrejas foram fechadas no Brasil, e o padre Kelmon precisou do auxílio para sobreviver”.
No Peru, a igreja à qual Kelmon pertence também já foi alvo de questionamentos e polêmica. Um dos líderes da igreja, que assina documento confirmando o pertencimento de Kelmon à instituição, foi citado em reportagem do jornal La República em tom de denúncia.
“A Polícia Nacional do Peru (PNP) afirmou que falsos sacerdotes realizam atividades fora de seus poderes em diferentes lugares de Lima. São quatro pessoas que até têm instalações, realizam missas e pedem donativos que utilizam em benefício próprio”, diz o texto.
A aparição de Kelmon fez com que a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil, predominante entre as denominações ortodoxas no Brasil, emitisse nota se desvinculando do candidato.
“O referido candidato não é membro de nossa Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil em nenhuma de suas paróquia, comunidades, missões ou obras sociais, bem como não é e nunca foi seminarista ou membro do clero de nossa Igreja em nenhum dos três graus da ordem (diácono, presbítero/padre e bispo), quer no Brasil, quer em qualquer outro país, e também não é nem nunca foi membro leigo ou clérigo de nenhuma de nossas Igrejas irmãs”, diz o comunicado emitido pela igreja.
Ao TSE Kelmon declarou um patrimônio de R$ 8.548,13. Para a sua campanha, a direção nacional do PTB investiu R$ 1,545 milhão até esta segunda (22). Boa parte do recurso, R$ 1,2 milhão, foi direcionada a uma empresa de marketing sediada em Cuiabá (MT), segundo portal da Receita Federal.
(Com informações da Folha de S. Paulo)
(Foto: Reprodução)
Moraes quebra sigilo de assessor de Bolsonaro; PF suspeita de rachadinha
A Polícia Federal (PF) investiga uma suspeita de ‘rachadinha’ no gabinete do presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
A corporação encontrou no telefone do principal ajudante de ordens do presidente, tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, conversas por escrito, fotos e áudios trocados que sugerem a existência de depósitos fracionados e saques em dinheiro.
Com base na apuração, o ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou a quebra de sigilo bancário de Cid, atendendo a um pedido da PF, que busca descobrir a origem do dinheiro e se há uso de verba pública.
Assista o BRI Análise sobre as suspeitas de rachadinha no gabinete da presidência da República: