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‘Palestina livre’ – Hoje, dia 29 de Novembro, comemora-se, internacionalmente, o Dia de Solidariedade ao povo Palestino. Criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), essa data é um marco no entendimento de que a criação de um Estado a revelia da opinião da população local – os palestinos – bem como o consentimento das nações vizinhas – a Liga Árabe – é um acinte ao Direito Internacional, à autodeterminação dos povos e à estabilidade da ordem mundial.
Mas a reversão desse entendimento não foi feita antes da constatação de que o plano da criação do Estado de Israel, só gerou mais destruição, invés de ser um instrumento de reparação histórica; só gerou mais vítimas, mais inocentes feridos, invés de ser um exemplo de civilidade em superação à barbárie.
Neste grandioso dia, deve-se relembrar o que é a Nakba – palavra em árabe que significa catástrofe – que é utilizada para explicar o que passam os palestinos desde o dia 15 de maio de 1948, há 73 anos, quando a resolução 181, da ONU foi colocada em prática, e que previa, a criação de dois Estados, de Israel e da Palestina, com capital em Jerusalém.
Porém, o Estado palestino nunca foi implementado, e de maneira mais gravosa, os limites territoriais impostos pela RES 181 nunca foram respeitados.
Nesta data, portanto, devemos dar voz àqueles que têm, todos os seus direitos subtraídos, do direito à igualdade, à soberania, à dignidade humana, ao direito de retorno, à liberdade, ao direito de expressão, ao direito ao julgamento justo, imparcial e com direito a ampla defesa. Dar voz a esses sujeitos é sintetizado, por sua vez, na voz palestina.
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Assim, essa data, no entanto, não pode ser observada como o dia de postarmos palavras bonitas de esperança e defesa da justiça, ela deve ir além.
O dia da solidariedade ao povo palestino deve tocar a todos que defendem um mundo mais justo, a autodeterminação dos povos e a prevalência dos direitos humanos em qualquer parte do globo. Pois a Palestina – a segregação, o tratamento desumano e o Apartheid – existem de diversas maneiras, em diferentes contextos, sob diversas óticas ao redor do mundo. e lutar contra elas também é fortalecer a luta do povo palestino.
Sob o signo desse entendimento, aquilo que para nós brasileiros aparentava uma questão distante, fora da nossa alçada, ganha materialidade e relevância.
Além do fato de que o Brasil é o país com maior número de árabes fora do Oriente Médio, segundo o IBGE a comunidade árabe no Brasil é em torno de 15 milhões, há também uma luta constante de libertação nacional – que une as duas nações – pela superação das desigualdades sociais, do racismo, do direito à educação, à segurança, à saúde e à cidadania, há uma luta que torna nossos destinos ainda mais intimos: o direito à autodeterminação dos povos.
Portanto, no contexto em que forças internacionais querem desestabilizar a nação brasileira mediante a alienação do patrimônio nacional, subjugando a maior parte da população à miséria e à exclusão social, e a imposição do papel internacional ao Brasil de ser um buraco de mineração e produtor de proteína animal, devemos nos parear com os nossos irmãos árabes, mas principalmente, palestinos, para lutarmos conjuntamente contra o imperialismo que impede a formulação e implementação de projetos nacionais, bem como de movimentos de libertação e de afirmação nacional.
Os trabalhistas brasileiros estão com a Palestina!
Viva o Brasil, viva a Palestina!
Palestina livre!
Por Maynara Nafe (Twitter: @maynafe / Instagram: @maynafe)
Fotos: Reprodução
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