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Réu por estupro de adolescentes – A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia contra o pastor Moisés Barbosa Ferreira Costa, que se tornou réu por estupro de vulnerável. O líder religioso é ex-coordenador do Fórum de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes de Minas Gerais (Fevcamg).
Moisés foi preso em junho deste ano após a Polícia Civil receber denúncias de abuso sexual contra ele. A Justiça também decretou a prisão preventiva de Moisés a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
O pastor também era professor da rede municipal de Belo Horizonte, capital mineira, e instrutor em um projeto de circo. Segundo as investigações, conquistava a confiança de crianças e adolescentes para abusá-los posteriormente.
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“As testemunhas e as vítimas não titubearam em reconhecer o acusado e em narrar o modus operandi empregado por ele. […] A outra conclusão não se chega senão a de que o acusado é indivíduo de acentuada periculosidade”, diz um trecho da decisão de um juiz da 4ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte, publicada nesta terça-feira (19).
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) afirmou que o suspeito está detido na Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH.
Relembre
As investigações foram iniciadas depois que um homem, hoje com 23 anos, procurou a polícia para denunciar que tinha sido vítima de abuso sexual – cometido por Moisés – na adolescência.
A polícia acabou descobrindo outra vítima, de 13 anos, cuja mãe relatou que o filho conheceu Moisés após frequentar a igreja onde ele atua como pastor. O suspeito teria convidado o jovem para participar do circo e, depois, passou a levá-lo para a casa dele, em BH.
As investigações prosseguiram e outras vítimas foram identificadas. De acordo com os investigadores, o homem atuava sempre da mesma forma: depois de conviver com as vítimas na igreja, as atraía para o circo e, depois, para a própria casa.
Como pastor e coordenador de um fórum contra a pedofilia, desestimulava as vítimas a denunciá-lo por conta da sua posição na sociedade mineira.
“Ele falava: ‘Não adianta vocês contarem nada para ninguém porque ninguém vai acreditar. Eu sou uma pessoa influente, devota à causa contra a pedofilia’. Ele é criador de vários fóruns contra a pedofilia, tem medalhas e homenagens em sua residência, da Assembleia Legislativa e de outros órgãos. Ele tem entrevistas, é mediador de debates contra a pedofilia com autoridades”, disse a delegada Thais Degani, ainda em junho.
(Com informações de G1)
(Foto: Sarah Torres/ALMG)