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Paula Lavigne e Freixo batem boca – Guilherme Amado em Metrópoles – A produtora Paula Lavigne e o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) discutiram neste domingo em um grupo de WhatsApp.
O bate-boca ocorreu quando Lavigne cobrou Freixo pela falta de apoio a Alessandro Molon, candidato ao Senado no Rio de Janeiro pelo próprio PSB.
A cúpula do PSB, vale mencionar, considera Freixo um ‘infiltrado’ do PT no partido.
Também no domingo, Freixo recebeu em sua casa o candidato do PT ao Senado, André Ceciliano, em um jantar com Lula.
Paula Lavigne e Caetano Veloso sempre lideraram o apoio a Freixo em suas campanhas.
O grupo em que ocorreu o ‘bafafá’, com 150 artistas, chama-se “Jantar Paulinha-Freixo”, e sempre foi um dos pontos focais do apoio dos artistas a Freixo.
Um integrante do grupo compartilhava figurinhas de política no fim da tarde de ontem quando Lavigne comentou que deveria haver espaço para todos na eleição deste ano.
“Romário não dá”, escreveu, em alusão ao ex-jogador e atual senador bolsonarista, que tentará a reeleição pelo partido do presidente, contra Molon e Ceciliano.
Outra integrante postou, na sequência, que não era hora de “ninguém largar a mão de ninguém”. Foi a deixa para Lavigne jogar o tema no grupo, que até então não vinha sendo debatido.
“Então Freixo não solta a mão de Molon, ok? Temos que estar unidos mesmo. Vamos fazer isso?”, provocou Lavigne.
“Paula, querida, a luta contra o fascismo vai nos demandar muita energia e unidade, além de maturidade. Não será fácil. Estamos juntos sempre. Espero que sim. Que estejamos juntos”, escreveu Freixo, tentando contemporizar.
Lavigne reagiu. “Por mim, estamos, mas sem excluir os nossos. Viva o Piauí e o Maranhão”, disse em referência a dois estados em que uma só sigla tem candidatos a senador e governador.
No Piauí o PSB apoia dois nomes do PT e no Maranhão o PT apoia do PSB.
“Não tem exclusão, amiga. Tem muito diálogo franco e amplo, com muitos atores. É isso que precisamos fazer. Vencer no Rio é um desafio enorme, riscos imensos. Daí a necessidade de agirmos juntos”, respondeu Freixo.
“Juntos, sim. Não tem porque vir com esse papo que não tem que ter dois na esquerda. Juntos, sim, é a palavra. Não excluir ninguém. Tá chato, Marcelo”, cobrou Lavigne, recebendo apoio de outros integrantes do grupo.
Freixo tentou encerrar a discussão:
“Paula, acho que não é assunto para um zap, com todo o respeito. Estou sempre à disposição de qualquer conversa. Conseguimos uma aliança inédita no Rio com seis partidos de esquerda. Temos que vencer! É só marcar que conversamos! Marque a conversa”.
A discussão terminou e os dois ficaram de conversar.
Procurada, Paula Lavigne não quis comentar a discussão.
Freixo repetiu à coluna o que tem dito, que a candidatura ao Senado de sua coligação será decidida pelas direções do PSB e do PT, e minimizou a discussão com Lavigne:
“Paula é minha querida amiga e sempre será. Vamos conversar”.
Foto: Reprodução