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PDT intervém em diretório do Ceará – Nesta segunda-feira (03), o senador Cid Gomes perdeu – ao menos, por enquanto – a disputa interna pelo diretório estadual do PDT no Ceará.
A votação, que avocou para a executiva nacional as decisões sobre o partido no Ceará, teve duas abstenções: André Figueiredo – que segue no comando dos diretórios cearense e nacional – e Carlos Lupi, que está licenciado do cargo e não votou.
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A disputa interna pelo diretório estadual ocorre em um momento de desavenças entre os irmãos Cid e Ciro Gomes, por conta de divergências durante as eleições de 2022 no Ceará.
A reunião convocada por Cid Gomes e seus aliados para eleger um novo presidente no dia 07 de julho foi oficialmente cancelada.
A decisão foi tomada pela executiva nacional do PDT após a convocação – considerada ilegal – de uma reunião do diretório para destituir a atual Executiva (estadual).
Como não existe previsão estatutária que justificasse essa convocação, a direção nacional tomou para si a gestão do PDT no Ceará, onde ainda há, neste momento, algumas dificuldades e tensionamentos.
Reunião cancelada e disputa interna
A ala de Cid convocou uma reunião do PDT cearense para o dia 7 de julho para resolver o impasse. O ato, no entanto, foi questionado por adversários internos, que alegaram que o encontro não teria legitimidade.
O senador afirmou que a convocação teve a assinatura de mais de dois terços do diretório, respeitando o estatuto do partido. O ministro da Previdência e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, passou dois dias em Fortaleza para acalmar os ânimos entre os correligionários.
A expectativa é de que até o início da próxima semana saia uma definição de quem comandará o diretório do Ceará.
O PDT cearense passa por uma disputa interna pela presidência do partido.
O senador Cid Gomes (PDT) pretende comandar a sigla no estado e retomar as alianças com os petistas para que eles apoiem um candidato pedetista à prefeitura de Fortaleza. Em troca, a sigla passaria a fazer parte oficialmente da base do governo de Elmano.
Por outro lado, pedetistas mais próximos de Ciro, André Figueiredo e Roberto Cláudio preferem que o partido mantenha a independência do PT.
Segundo aliados, um dos motivos para isso é para que não ocorra a mesma briga da eleição passada, ou seja, uma cisão no PDT porque petistas preferem um nome diferente do que quer o partido.
A ofensiva tem sido vista como uma forma de transformar o PDT em um “puxadinho do PT”. Cid nega com veemência e afirma que tem o apoio da maioria do diretório estadual para retomar a aliança.
(Com informações de Folha de S. Paulo e Avança Ceará)
(Foto: Brenno Carvalho e Roque de Sá/Agência Senado)