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Petrobras vai investigar ligação entre joias e venda de refinaria da Bahia

Ligação entre joias e venda de refinaria – A nova direção da Petrobras pretende abrir investigação interna para apurar possível relação entre a venda da refinaria Landulpho Alves (Rlam), atual Refinaria Mataripe, na Bahia, ao fundo árabe Mubadala, e as joias dadas de presente pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A informação é da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Segundo a entidade sindical, fontes da própria Petrobras confirmaram as especulações.

Ciro Gomes denunciou venda de refinaria para árabes por “metade do preço”; relembre

A investigação deve ser posta em prática após a troca do Conselho de Administração e a posse da nova diretoria após a Assembleia Geral Ordinária (AGO) de acionistas, prevista para 27 de abril.

Além disso, foi confirmada à direção da FUP que a Petrobras fará a contestação do Termo de Compromisso de Cessação (TCC), acordo firmado entre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a estatal em 2019, durante o governo Bolsonaro, determinando a venda de oito refinarias de petróleo, incluindo os ativos relacionados a transporte de combustível, e a e da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG).

“A intenção do novo comando da Petrobras de apurar o caso da venda da Rlam vai ao encontro de demanda da FUP, que, na semana passada, encaminhou denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) para que investigue possível favorecimento ao Mubadala em troca de diamantes”, destaca o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

Das refinarias listadas, três tiveram a venda concluída: Rlam (atual Refinaria de Mataripe), Six (Unidade de Industrialização do Xisto) e Reman (Refinaria do Amazonas).

Privatização de ativos suspensa

Bacelar lembra que já houve, por parte do Ministério de Minas e Energia, solicitação de entrega de documentos e suspensão do processo de privatização de ativos da Petrobras, para avaliação pela nova administração da estatal.

A Rlam foi adquirida pela Acelen, braço do fundo árabe Mubadala por US$ 1,8 bilhão.

Na avaliação do Instituto de Estudos Estratégicos de Energia, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), o preço ficou 50% abaixo do estimado.

Até o banco BTG Pactual avalia que o valor da venda foi 30% menor do que o esperado.

Bacelar afirma que, além do baixo preço, há elementos que justificam a abertura de apuração interna da Petrobras e do MPF.

Entre elas, a proximidade das datas do recebimento do presente (26 de outubro de 2021) e a venda da refinaria subavaliada (negócio anunciado no dia 30 de novembro de 2021).

(Com informações de Correio do Estado)
(Foto: Reprodução)

Por Redação

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