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PF abre inquérito contra Cláudio Castro – Nesta terça-feira (18), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a instauração de inquérito pela Polícia Federal (PF) contra o governador do Rio, Cláudio Castro (PL).
A decisão autoriza a PF a investigar uma suspeita de desvios de recursos de contratos da Fundação Leão XIII. Em nota, o governo do Estado negou as acusações. O pedido de inquérito antecede a uma possível denúncia ou o arquivamento do processo.
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O STJ acolheu um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) que tramitava desde novembro do ano passado, no qual a PGR pede que Castro seja investigado por seis crimes: organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e peculato.
Segundo o órgão, os possíveis crimes teriam sido cometidos a partir de 2017, quando Castro ainda era vereador no Rio em primeiro mandato pelo PSC, e prosseguiram no período em que foi vice-governador.
No pedido de abertura do inquérito – de novembro de 2022 -, a PGR afirmou que se baseou em depoimentos do delator Marcus Vinícius de Azevedo, ex-assessor de Cláudio Castro na Câmara do Rio.
O ex-assessor relatou supostos repasses de propina a Castro quando ele ocupou os cargos de vereador e de vice-governador entre 2017 e 2020.
Em resposta, o Palácio Guanabara negou qualquer irregularidade e disse que o governador entrou com um pedido para anular a delação:
‘‘O governador lamenta que fatos antigos sejam requentados e reitera que confia na Justiça para que a situação seja esclarecida o mais rápido (sic) possível. O delator foi interpelado judicialmente por calúnia e denunciação caluniosa, e a defesa do governador já entrou com um pedido de nulidade da delação devido a irregularidades na denúncia’’, prossegue a nota.
Delação premiada
O caso começou a ser analisado pela PGR em agosto de 2020, quando Marcus Vinícius fechou um acordo de delação premiada.
Na ocasião, teria fornecido provas de esquemas de corrupção em diferentes áreas da administração estadual e municipal.
A decisão de denunciar Castro ocorreu depois de Marcus ficar preso, em 2019, devido a uma investigação da Polícia Civil e do Ministério Público sobre fraudes na Fundação Leão XIII na Operação Catarata.
O ex-assessor de Castro era sócio da RioMix, uma das empresas investigadas em um esquema de desvio de recursos em troca de propinas.
Uma das suspeitas é que empresários teriam participado de licitações com cartas marcadas na Fundação. Entre os casos suspeitos estava o programa Novo Olhar, que oferecia exames oftalmológicos computadorizados e óculos de grau a pessoas cadastradas.
Ao todo, 25 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público. A suspeita era que o esquema pode ter desviado até R$ 32 milhões.
Na época, a Fundação Leão XIII estava sob a supervisão da vice-governadoria. O ex-assessor também acusou Castro de, quando ainda era vereador, ter recebido recursos desviados da Secretaria de Pessoas com Deficiência da prefeitura do Rio.
Uma das supostas provas contra Castro foi divulgada pelo Ministério Público ainda em 2020 e nela, imagens gravadas em um shopping mostram o governador chegando de mochila para um encontro com o empresário Flávio Chadud, dono da Servlog Rio, uma das empresas acusadas de participar do esquema na Fundação Leão XIII.
Na ocasião, Wilson Witzel estava afastado do cargo, ainda respondendo ao processo de impeachment, e Castro era o governador interino.
A suspeita do MP é que o encontro, que não constava da agenda oficial, fosse para pagamento de propina.
(Com informações de O Globo)
(Foto: Rafael Campos/GOVRJ)
BRI Sem Papas
Nesta terça-feira (18), o “BRI Sem Papas” debateu a viagem do presidente Lula (PT) à China e a denúncia contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) no Brasil.
Além disso, o recuo do governo na taxação da compras online de até 50 dólares, a volta de Ciro Gomes (PDT) ao cenário político e a epidemia de ataques em escolas brasileiras foram objeto de debate.
Assista e se inscreva na canal do BRI no Youtube:
O “BRI Sem Papas” é um programa opinativo do Brasil Independente, transmitido ao vivo, toda terça, às 20h, pelo canal do BRI no Youtube.
O programa é comandado pelo Diretor de Redação do BRI, Thiago Manga, tendo como companheiro e fiel escudeiro o jornalista e músico Renato Zaccaro.