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PF faz operação contra Carlos Bolsonaro – Nesta segunda-feira (29), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). Um mandado de busca e apreensão foi autorizado para a residência de “Carluxo” e também para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde exerce mandato. As informações são de Andréia Sadi em seu blog, no G1.
A operação está no âmbito de uma nova fase da investigação da PF sobre o escândalo de espionagem ilegal ocorrido dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Os investigadores suspeitam que assessores de Carlos Bolsonaro – que também são alvo da operação – pediam informações privilegiadas para o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem.
As jornalistas Daniela Lima e Andréia Sadi, da GloboNews, afirmaram que um computador da Abin teria sido apreendido em posse do vereador, informação negada pela PF. No fim da tarde desta segunda, a jornalista Daniela Lima corrigiu a informação e esclareceu que o computador não foi apreendido com Carlos Bolsonaro.
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Além das suspeitas relacionadas ao ‘03’, as investigações também indicam que a Abin foi usada para beneficiar Flávio e Jair Renan Bolsonaro, também filhos do ex-presidente, em investigações das quais eram alvos. De acordo com a PF, foram expedidos mandados de busca em apreensão no Rio de Janeiro (RJ), Angra dos Reis (RJ), Brasília (DF), Formosa (GO) e Salvador (BA).
Carlos Bolsonaro foi apontado pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, como chefe do chamado gabinete do ódio, uma estrutura paralela montada no Palácio do Planalto para atacar adversários e instituições – entre elas, o sistema eleitoral brasileiro e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Escândalo na Abin
Na última quinta-feira (25), Alexandre de Moraes, ministro do STF, afirmou que o ex-diretor da Abin e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ), usou a Abin para fazer espionagem ilegal em favor da família do ex-presidente.
Entre as diversas autoridades espionadas estavam a ex-deputada Joice Hasselmann, o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia.
A investigação da PF aponta que órgão de inteligência foi “instrumentalizada” para monitorar ilegalmente uma série de autoridades, pessoas envolvidas em investigações e desafetos de Bolsonaro.
O uso indevido da Abin teria ocorrido quando o órgão era chefiado por Alexandre Ramagem, aliado de Bolsonaro e que foi eleito deputado federal pelo partido do ex-presidente.
(Com informações de G1)
(Foto: Imagem: Renan Olaz/CMRJ)