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Presidente do PDT garante Ciro – UOL – Não há chances de o ex-ministro Ciro Gomes abandonar a disputa ao Palácio do Planalto em 2022, disse hoje o presidente do PDT (Partido Democrático Trabalhista), Carlos Lupi, em entrevista ao UOL News.
“Ciro passou a ser candidato desde que ele perdeu a eleição, em 2018. A candidatura dele vai até o dia da próxima eleição… E para vencer. No dia da eleição, ouviremos o povo para saber se eles aprovam ou não nossas ideias”, afirmou.
Num possível segundo turno, Lupi vê como mais provável uma disputa entre o pedetista e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A candidatura do Ciro só tende a crescer”, diz o dirigente.
“Hoje temos um cenário em que o Lula tem vantagem sobre Bolsonaro. Bolsonaro hoje está com um terço de eleitores que tinha em 2018. Isso é resultado do desmando de um governo antidemocrático e genocida. Creio que teremos um segundo turno de Lula contra Ciro”, diz.
Ao longo de sua campanha, coordenada pelo ex-marqueteiro do PT, João Santana, Lupi diz que o PDT deve explorar “a falta de coragem de Lula” para lidar com o modelo econômico atual.
“Lula não tocou nessa ferida, que é o sistema financeiro do Brasil. Precisamos taxar os grandes bancos, cobrar das grandes fortunas. Essa é nossa principal diferença, e vamos explorar permanentemente.”
Segundo Lupi, questões morais, como as acusações contra o ex-presidente petista em relação à Justiça, devem ser abordadas por direitistas —como o pré-candidato pelo Podemos, Sergio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro (PL):
“Nós queremos usar contra o Lula a nossa diferença no campo ideológico”, afirma o dirigente do PDT.
‘Cirina’
Depois de lançar, sem sucesso, Marina Silva (Rede-AC) como candidata à Presidência da República em 2018, a Rede está dividida em relação à eleição deste ano. Sob resistência de Marina, uma ala da sigla defende apoiar Lula ainda no primeiro turno.
Outra ala, que inclui a própria ex-candidata, discute o apoio a Ciro Gomes (PDT). Há ainda um debate para que Marina seja candidata a vice ao lado do pedetista, hipótese rechaçada por uma parte do partido.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, tem conversado com a ex-senadora.
“Ela é guerreira. Venceu diversas dificuldades. Uma candidata não se constrói sem ter um projeto em comum. Temos conversado com diversos representantes. Da parte do PDT, a aceitação do nome de Marina é total”, disse.
Lupi diz que a sigla tem dialogado com outras legendas sobre a possibilidade de apoio à chapa liderada por Ciro. Eventual composição entre Ciro e Marina seria “excelente”, afirma o dirigente.
“Mas vice você não impõe. Ciro tem excelente relação com Marina, mas depende dela, da Rede, de a gente ajustar um programa conjunto. Gostaria muito, mas não depende de mim.”
Em 2018, Ciro ficou em terceiro lugar; Marina, em oitavo. Quatro anos antes, quando estava no PSB, Marina também participou da eleição, assim como em 2010, pelo PV. Ciro, por sua vez, foi candidato em 1998 e 2002, quando era filiado ao PPS.
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Milton Temer do PSOL: “Ciro Gomes larga muito à esquerda de Lula”
O jornalista, ex-deputado constituinte, ex-deputado federal, ex-integrante do PT e fundador do PSOL Milton Temer publicou um texto em que classifica as propostas feitas por Ciro Gomes (PDT) no lançamento da sua pré-candidatura à presidência como “muito à esquerda” de Lula (PT).
“Não há mais como Lula se impedir de definir que posição terá diante de banqueiros, do “mercado” e dos maganos do grande capital. Ciro não se pretende contestador do regime capitalista. Mas seu discurso foi no caminho claro do reformismo de uma histórica social democracia.”
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