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Ataque de assessora de Anielle – Após a repercussão dos ataques feitos pela assessora especial do Ministério da Igualdade Racial, Marcelle Decothé, contra a torcida são-paulina durante a final da Copa do Brasil, no domingo (24), o presidente do São Paulo, Julio Casares, resolveu se manifestar.
“As redes sociais viraram um ambiente muitas vezes nocivo. Desta vez, fui surpreendido negativamente com um ultrajante post da assessora especial do Ministério da Igualdade Racial, Marcelle Decothe. Algo que vai contra todas as nossas crenças”, inicia o texto publicado pelo cartola em suas redes sociais nesta terça-feira (26).
No domingo, a assessora criticou torcedores do São Paulo e paulistas em geral durante o jogo contra o Flamengo pela Copa do Brasil. Flamenguista, a servidora do governo brasileiro atacou a “torcida branca” e “pauliste” durante o jogo em que seu time perdeu o título para o rival de São Paulo.
Marcelle postou uma foto na arquibancada do Morumbi e escreveu:
“Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade… Pior tudo de pauliste (sic)”. Em outro stories, Marcelle faz um gesto obsceno no meio da torcida do São Paulo.
O dirigente são-paulino contou que recebeu uma ligação da ministra titular da pasta, Anielle Franco, que teria pedido desculpas pelo ocorrido e dito que “medidas serão tomadas”. O cartola ainda listou medidas que o clube tem tomado para se tornar mais inclusivo.
“Em pouco mais de dois anos e meio de gestão, tivemos sempre uma preocupação com a igualdade. Nosso lema é, e sempre será, de que o São Paulo Futebol Clube é de todos, sem haver discriminação de raça, gênero, social ou de qualquer forma”, apontou.
Confira abaixo o texto publicado por Julio Casares:
“As redes sociais viraram um ambiente muitas vezes nocivo. Desta vez, fui surpreendido negativamente com um ultrajante post da assessora especial do Ministério da Igualdade Racial, Marcelle Decothe. Algo que vai contra todas as nossas crenças.
Em pouco mais de dois anos e meio de gestão, tivemos sempre uma preocupação com a igualdade. Nosso lema é, e sempre será, de que o São Paulo Futebol Clube é de todos, sem haver discriminação de raça, gênero, social ou de qualquer forma.
Nesse período, colocamos uma mascote que remete à atleta Melânia Luz (atleta preta que de modo pioneiro disputou os Jogos Olímpicos de 1948); um mascote para o nosso ídolo Leônidas da Silva (conhecido como Diamante Negro), o Diamantinho; criamos o PIT (Programa de Integridade Tricolor); assinamos no dia 11 de agosto de 2022 uma parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol; coibimos atos racistas como o sofrido por um jovem de 12 anos na partida contra o San Lorenzo (no dia 10 de agosto deste ano) e demos todo o suporte para o garoto e sua família; criamos o setor popular no Morumbi (com preços reduzidos).
Ações que foram apoiadas pela torcida e por pessoas que não estão no dia a dia do Clube, como Vagner Freitas (Presidente do Sesi). Não por acaso, passamos a ser vistos como o time “mais popular”.
Hoje pela manhã, a Ministra da Igualdade Racial no Brasil, Anielle Franco, em contato telefônico, pediu desculpas pelo ocorrido e explicou que medidas serão tomadas.
Como presidente do São Paulo Futebol Clube, torcedor, e, principalmente como cidadão engajado nas causas sociais, seguirei na luta para que situações como essa não se repitam. Aguardamos, com urgências, as providências cabíveis. O São Paulo é de todos!”
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(Foto: Montagem/Reprodução)