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Prisão de ex-comandante da PM do DF incomoda oficiais – A prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, o coronel Fabio Augusto Vieira, incomodou os policiais de Brasília, que reclamam que a corporação está levando a culpa sozinha pela falha na segurança da capital durante os atos terroristas ocorridos nas sedes dos Três Poderes no domingo (8).
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Segundo apuração da CNN, oficiais apoiadores e críticos do coronel relataram que o clima nas tropas é de solidariedade ao ex-comandante. Uma reação que está sendo pensada é a defesa do retorno à operação padrão da PM, o que significa a redução das ações de segurança.
De acordo com os relatos, o esquema de segurança no domingo parece que foi “planejado para dar errado”, mas o coronel não teria participado do planejamento, por isso a prisão não se justifica. A fonte da PM ouvida pela CNN defende que o erro foi justamente no planejamento, e não de procedimento.
Um exemplo disso é que grupamentos da PM, como homens do Choque e do Batalhão de Operações Especiais, deveriam estar de sobreaviso, mas estavam em casa. Outros estavam no quartel, e não nas ruas, porque afirmam que seguiram o planejamento determinado para aquele dia.
Outra questão que incomoda os oficiais é o fato de apenas o ex-comandante ter sido preso até agora. Já há ordem de prisão para o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres, que ainda não foi cumprida pois ele está nos Estados Unidos.
A prisão de Vieira foi pedida pela AGU (Advocacia Geral da União) e acatada pelo ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (10).
Antes disso, o coronel foi afastado do comando da PM pelo interventor federal, Ricardo Capelli, que disse que o coronel “não esteve à altura daquele desafio”, mas não apontou suspeita de crime. “Acho que é natural que, num momento como esse, a gente possa arejar o comando”, falou à Folha.
No entanto, quanto à corporação como um todo, Capelli elogiou sua atitude desde que começou a intervenção e afirmou que ela “tem respondido plenamente o comando. Tem oficiais que estão comigo desde domingo praticamente sem dormir lá na Academia de Polícia, virando a noite, trabalhando”, contou.
O interventor informou também que qualquer conduta inapropriada por parte de policiais no domingo, desde omissão a leniência, será individualizada pela Corregedoria para eventuais punições.
(informações: CNN e Folha de S.Paulo)
(foto: reprodução/metropoles)