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Produtor é condenado por abusar de atrizes – O produtor cultural Rodner Martins de Almeida foi condenado pela Justiça de São Paulo a oito meses de prisão em regime semiaberto por abuso sexual contra atrizes durante falsos testes de elenco para uma peça teatral.
O processo foi movido pelo Ministério Público (MP) a partir do relato de quatro mulheres, que afirmaram ter sido convidadas para a seleção por meio de conversas na internet. Elas denunciaram terem sido vítimas de crimes sexuais durante os testes.
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As atrizes contaram à Justiça que a peça se chamaria “As Virgens”. Uma delas relatou que, ao chegar ao endereço indicado, descobriu tratar-se da casa do produtor, onde havia uma câmera e ele teria dito que o processo de seleção seria similar ao da USP, e que poderia fazer o que quisesse com ela.
De acordo com a acusação, o produtor começou a apalpar o corpo da atriz, inclusive na região dos seios, simulando “uma pegação de verdade”. Depois, pediu que ela tirasse a roupa, mas ela ficou apenas de calcinha e sutiã. O produtor, então, apalpou suas nádegas e a beijou.
Outra atriz relatou que o produtor afirmou que ela faria o papel de Grace Kelly, e os ensaios consistiam em dançar, sentar-se no colo de Rodner e deixá-lo passar a mão pelo seu corpo.
Quando a atriz se recusou a tirar a roupa, o produtor teria afirmado que essa era a única forma dela conseguir o papel, inclusive mantendo relações sexuais com ele. Então, Rodner trancou a porta e só permitiu que a atriz saísse quando o ensaio terminou.
Ao condenar o produtor pelo crime de violação sexual mediante fraude, o desembargador Fernando Simão afirmou que “elas acreditaram no que o réu narrava e se submetiam aos seus desejos sexuais, tudo para colherem frutos de suas carreiras artísticas”.
Rodner recebeu uma punição de oito meses de prisão em regime semiaberto, no qual a execução da pena é realizada em colônias agrícolas, industriais ou em estabelecimentos similares. Ele tem direito de trabalhar e frequentar cursos profissionalizantes durante o dia e regressar à noite para sua unidade.
O advogado do ex-produtor afirmou, em nota, que o produtor não cometeu crime algum, que as atrizes não foram levadas a erro e que concordaram com os ensaios. Ele destacou que não existem conversas ou vídeos que corroborem as acusações e que a condenação foi tomada com base em “declarações”.
(Com informações do UOL)
(Foto: Reprodução)