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PSB anuncia filiação de 3 senadores – O Partido Socialista Brasileiro (PSB) anunciou nesta terça-feira (31) a filiação de três senadores: Chico Rodrigues, que estava no União Brasil, Flavio Arns e Jorge Kajuru, que saem do Podemos.
Com isso, os senadores deixam partidos mais próximos ao bolsonarismo e passam a integrar a base do governo Lula, que terá minoria no Senado a partir de amanhã (1º), quando 27 nomes eleitos em 2022 tomam posse.
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Os novos membros foram anunciados pelo presidente da sigla, Carlos Siqueira, que ressaltosu justamente a necessidade de “fortalecer” a base de Lula “em defesa das pautas democráticas”.
“Precisamos somar, pois há muito o que fazer pelo Brasil”, disse Siqueira em sua conta no Twitter.
Ex-bolsonaristas com Lula
Os três senadores recém-filiados ao PSB têm histórico de apoio ao governo Bolsonaro, em diferentes graus. Kajuru declarou apoio ao ex-presidente na eleição de 2018, mas logo nos primeiros meses já fazia críticas ao antigo governo.
Ele também foi defensor da operação Lava-Jato, mas em outubro do ano assado declarou que queria “distância oceânica” de Sergio Moro, que havia derrotado o ex-senador Álvaro Dias para o posto de senador pelo Paraná.
Kajuru disse que quem não respeita Dias é “traidor” e, há alguns dias, fez uma tatuagem do rosto do ex-senador em suas costas. Ele será líder da bancada do PSB no Senado.
De Roraima, Chico Rodrigues foi vice-líder do governo Bolsonaro no Senado, até pedir afastamento do cargo ao ser flagrado com dinheiro na cueca durante operação da Polícia Federal em sua casa. Ele é suspeito de ter desviado verba que seria destinada ao combate à Covid-19.
A ligação dele com Bolsonaro se dá também pelo sobrinho do ex-presidente conhecido como Léo Índio, que foi assessor de Rodrigues até pedir para deixar o posto após o escândalo do dinheiro na cueca na tentativa de preservar a imagem de seu tio.
Na semana passada, Rodrigues se encontrou com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT-SP), enquanto fechava as negociações para migrar para o PSB e entrar na base de Lula.
Flavio Arns já integrou vários partidos, inclusive o PT, mas no segundo turno de 2022 não declarou apoio nem a Lula, nem a Bolsonaro. Ele ainda era parte do Podemos, que era base do antigo governo, mas sempre evitou fazer declarações de apoio explícito ou de oposição às pautas bolsonaristas.
(Foto: Montagem/Reprodução)