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PSB está dividido entre Ciro Gomes e Lula – Folha de Pernambuco – O PSB é o principal partido de esquerda cortejado pelas lideranças do PT e do PDT, que buscam consolidar uma candidatura presidencial para 2022. A visita do presidente nacional dos pedetistas, Carlos Lupi, reforçou entre os socialistas pernambucanos o debate sobre a possibilidade do partido apoiar a candidatura de Ciro Gomes no próximo ano.
O principal argumento para os socialistas que apoiam o projeto presidencial de Ciro é fugir da polarização que o cenário com o ex-presidente Lula (PT) disputando contra o presidente Jair Bolsonaro, eventualmente implica. A questão é que dentro do PSB, outra ala defende que uma aliança com o PT seja priorizada, já que as últimas pesquisas têm mostrado que o petista é o candidato com mais chances de vencer o bolsonarismo.
Recentemente, em entrevista, o prefeito João Campos (PSB) defendeu uma alternativa para a polarização no País.
“Defendo um projeto onde o PSB possa ter protagonismo, que a gente possa construir uma via alternativa à polarização que está posta no Brasil ou que estão querendo assim impor, que a gente possa discutir uma agenda de País, mais importante do que discutir nomes é o que a gente quer entregar”, disse João Campos, em entrevista à CNN no último sábado.
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Petista visto como forte
Nas coxias, o comentário é que a maior ala do PSB defende uma aliança com o PT. A relação entre as legendas, que já foi refeita em outras eleições, está novamente sendo aprofundada. Socialistas, especialmente os ligados ao governador Paulo Câmara (PSB), defendem que o partido possa “viabilizar aquela que é a melhor alternativa para vencer o bolsonarismo”, conforme afirmou um aliado em reserva.
Disputa local posta à mesa
Além do plano nacional, o plano local também “está sendo posto à mesa”. Já que ao fim do mandato de Paulo Câmara, as eleições do ano que vem devem viabilizar um novo nome para governador de Pernambuco.
Segundo uma fonte socialista, o “cálculo eleitoral ideal” seria o que “ampliasse” o arco de alianças da Frente Popular e não que “causasse perdas”. Isso porque, o presidente do PDT-PE, deputado federal Wolney Queiroz, já anunciou publicamente que a aliança no plano local depende das tratativas nacionais.
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Apoio só deve ser fechado em 2022
O nome do candidato apoiado pelo PSB só deve ser conhecido no primeiro semestre de 2022. A quinze meses do primeiro turno das eleições gerais, o partido não tem pressa de externar uma posição oficial sobre quem deve ser o eleito e não descarta aliados. Apesar da inclinação para aliança com o PT, comenta-se que a tanto tempo das eleições, muitas variáveis ainda estão estão envolvidas.
Neste mês é esperada a visita do ex-presidente Lula a Pernambuco. O petista ainda não divulgou datas e nem detalhes de como deve ser a agenda, mas terá uma conversa com socialistas.
“O diálogo com todos os partidos sempre esteve aberto no PSB. Com o PT, neste caso, sabemos que o ex-presidente vem com o objetivo de intensificar as articulações para as eleições. Assim como foi com Lupi, a própria visita tem peso e deve reforçar o debate interno. Mas o PSB sempre foi democrático e sempre debateu, vamos novamente fazer isso”, disse um socialista.
À espera de Lula
O ciclo de viagens do ex-presidente pelo Nordeste acontece na sequência de sua visita à Brasília e ao Rio de Janeiro, quando ele esteve presente nos Estados com o objetivo de reencontrar antigos aliados e buscar novas parcerias.
Enquanto isso, o PDT segue movimentando-se, em vários flancos, com o intuito de fortalecer a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes, até que ela se viabilize como uma terceira via, a fim de superar a polarização entre o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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