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PSD estende ‘tapete vermelho’ a Molon – O Globo – Um dos principais aliados do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), o secretário municipal de Fazenda, Pedro Paulo, afirmou que o deputado federal Alessandro Molon (PSB) “seria recebido com tapete vermelho” no PSD caso quisesse se candidatar ao Senado pelo partido.
Apesar de garantir que um convite formal para a migração não foi feito, Pedro Paulo afirma que Molon ouviu que seria bem recebido na legenda.
“Não falamos de migração, mas deixamos claro que ele (Molon) tem tapete vermelho por aqui. O PSB terá que fazer escolhas, e quem for preterido (Freixo ou Molon) terá que fazer escolhas também, poderá decidir se ficará no partido ou não. No PSD, posso garantir que acreditamos no nome do Molon, na importância desta candidatura pela sua história parlamentar. Aqui, o receberíamos com tapete vermelho, ele sabe disso”, afirmou.
Pré-candidato ao cargo pelo PSB, Molon pode encontrar em Marcelo Freixo, seu correligionário, um obstáculo para a candidatura, já que caso Freixo encabece a chapa apoiada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao governo, a vaga ao Senado deve ser destinada a um petista — hoje, André Ceciliano se coloca como o nome de Lula ao posto.
Na última terça, Paes e Molon se reuniram e, após o encontro, o prefeito fez uma publicação acenando com um possível apoio ao deputado federal.
Procurado, Molon refutou a possibilidade de deixar o PSB e disse que aposta em um “projeto de construção para o estado e para o país” — o que pode significar, inclusive, a retirada da sua candidatura ao Senado.
“Não houve um convite (para que deixasse o PSB e migrasse para o PSD). Sou presidente regional e eleito pelo PSB. Não houve qualquer insinuação ou fala que me fizesse entender que queriam a minha mudança de partido. Se me candidatar, será pelo PSB. A construção da mais ampla frente democrática se faz imprescindível para derrotar o bolsonarismo onde ele nasceu: no estado do Rio de Janeiro. Até as convenções de julho, há tempo suficiente para se construir o melhor projeto para o estado e o país, com muito diálogo e responsabilidade”, disse.
No encontro com Molon, realizado na última terça (1º), Paes indicou que o nome de Marcelo Freixo para o governo do Rio é um obstáculo para selar o apoio.
“Sabemos da necessidade de construção de alianças e vemos com muita simpatia a candidatura do próprio Molon ao Senado. PSD e PSB tem um histórico de aproximação em vários Estados da Federação e entendemos que ele pode se repetir aqui no Rio”, postou o prefeito após o encontro com o parlamentar.
Poucas horas depois, Paes e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, oficializaram a aliança entre pedetistas e social-democratas para o governo do estado. O encontro, na sede da Prefeitura do Rio, selou a união entre os pré-candidatos de ambos os partidos — o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) e o ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz —, embora ainda não haja definição sobre quem vai encabeçar a futura chapa.
“Decidimos aqui hoje que PDT e PSD vão caminhar juntos na eleição pro governo do Estado. Não estamos falando de nomes. Temos dois belos nomes nessa aliança. Vinha conversando com o Lupi e ambos entendíamos, e os nossos candidatos também, que a gente precisava apresentar uma candidatura no estado do Rio de Janeiro que pudesse enfrentar os desafios que o estado tem diante de si”, afirmou Paes.
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