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PT ameaça retirar apoio a Freixo – O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que segue crendo em uma aliança com o PT que englobe as candidaturas de Marcelo Freixo (PSB) para o governo do Rio de Janeiro e Alessandro Molon (PSB) para o Senado.
Em meio a troca de farpas entre Freixo e Molon, Siqueira afirmou ao jornal O Globo nesta terça-feira (05) que “a bola está com o PT, que precisa decidir essa questão”.
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O cacique do PSB defende o nome de Molon para o Congresso a despeito de um acordo citado por Freixo, que teria fechado outro acerto com o PT.
‘Nem eu, nem você’
Pelo combinado, cada um dos partidos teria direito a uma indicação. O partido de Lula, então, lançou o presidente da Alerj, André Ceciliano, como pré-candidato ao Senado.
Siqueira argumenta que o PSB oferece ao palanque de Lula no Rio “os dois melhores parlamentares do Brasil” e cobra o apoio, lembrando que o PT já foi irredutível em outros estados, como em Santa Catarina.
“Essa questão (sobre a candidatura de Molon ao Senado, concomitantemente à de André Ceciliano) será resolvida no Rio de Janeiro. O PT precisa ser mais generoso conosco, já que não nos deu o apoio em Santa Catarina. Estamos oferecendo os dois melhores deputados do Brasil a eles. Acho que chegou a hora de resolvermos. Lula precisa fazer campanha em paz, sem essa pressão”, afirma o mandatário do PSB.
O presidente do PSB afirma não ver problemas no fato de o Rio ter dois palanques ao Senado com apoio a Lula.
“Molon é o presidente regional do PSB e o mais bem colocado nesse campo da esquerda. Segue sendo nosso nome para o Senado, mas isto será resolvido nos estados. Não acredito que o PT ameace retirar o apoio a Freixo, caso Molon siga candidato. Eles (os petistas) sabem do nosso esforço por alianças em todos os estados. Não fariam isso”, completou.
Aliança com Freixo em risco
Dirigentes do PT, por outro lado, vêm insistindo que somente vão aceitar o nome de André Ceciliano (PT) na chapa de Lula no RJ.
Presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann também vem insistindo que não há como o PSB ficar com as duas vagas para as disputas majoritárias num estado tão estratégico para as eleições como o Rio de Janeiro.
Já o presidente do PT fluminense, João Maurício de Freitas, já chegou a dizer que o partido pode romper a aliança em torno de Freixo caso o PSB não retire a candidatura Molon.
Membro do diretório nacional do PT, Alberto Cantalice afirmou nesta terça que defender outra formação de palanque é “oportunismo”.
“Essa é a chapa das forças progressistas no Rio de Janeiro. Fora disso é diversionismo, pragmatismo e oportunismo. Viva a unidade! #Lula #Freixo e #AndreCeciliano”, publicou Cantalice em seu Twitter.
Essa é a chapa das forças progressistas no Rio de Janeiro. Fora disso é diversionismo, pragmatismo e oportunismo. Viva a unidade! #Lula #Freixo e #AndreCeciliano pic.twitter.com/mxSDqkXI80
— Alberto Cantalice (@albertocantalic) July 5, 2022
Lula chega em meio a furação
O episódio é o ápice da crise envolvendo PT e PSB no Rio de Janeiro, que explode na véspera da chegada de Lula à capital.
O petista fará um ato político na quinta-feira (07) reunindo todas lideranças que costuram sua chapa.
Existe a expectativa sobre como o ex-presidente lidará com as divergências entre os envolvidos.
(Com informações de O Globo)
Foto: Reprodução