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PT descarta CPI contra Moro por contrato suspeito pós-Lava Jato

PT descarta CPI contra Moro – Presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) descartou a possibilidade de o partido pedir a instauração de CPI no Congresso Nacional para investigar possíveis crimes de Sergio Moro (Podemos) durante e depois de sua atuação, como juiz federal, na operação Lava Jato.

O assunto mais comentado nos últimos dias se refere ao possível caso de corrupção nos serviços prestados pelo ex-juiz e ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) à consultoria norte-americana Alvarez & Marsal

Gleisi Hoffmann minimizou a relevância de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Parlamento brasileiro em entrevista ao UOL News.

A deputada disse que ‘não vê necessidade’ de uma CPI para apurar as possíveis ilegalidades.

“Não vejo necessidade de CPI para a gente chegar a essas informações” – Gleisi Hoffmann (PT)

Em 8 anos, a receita no setor de falências da companhia foi de mais de R$ 83 milhões.

Desse valor, apurações apontam que cerca de 78% dos recursos vieram de empresas que quebraram por causa da mesma operação, a Lava Jato, que catapultou Moro à vida pública enquanto ele era juiz em Curitiba.

O TCU (Tribunal de Contas da União) investiga o caso.

A declaração da petista joga um balde de água fria na iniciativa do deputado federal Paulo Teixeira (SP), do próprio PT.

O deputado anunciou nos últimos dias a intenção de recolher assinaturas para que a Câmara dos Deputados instale uma CPI com o objetivo de investigar suposto “conflito de interesses” na atuação de Moro junto à empresa.

Moro prestou serviços à área de “disputas e investigações” da empresa, onde trabalhou por cerca de um ano até outubro de 2021.

O ex-juiz deixou a empresa para se tornar pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos.

Ciro Gomes defende apuração rigorosa

Ciro Gomes (PDT) defendeu uma investigação rigorosa contra o ex-juiz e ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) durante entrevista nesta segunda-feira (24).

O pré-candidato à presidência opinou ver indícios de que Moro se beneficiou financeiramente dos julgamentos que conduziu no tempo em que era o juiz federal responsável pela Operação Lava Jato, em Curitiba.

Ciro relembrou que Moro julgou processos contra a Odebrecht e que mais tarde, já como ex-juiz, foi trabalhar para a banca de direito americana que passou a administrar a massa falida da construtora brasileira.

“Moro encheu o bolso de dólar e agora está sendo investigado, e não diz o quanto ganhou. Por que ele não diz? Por que ele não explica que foi trabalhar para uma multinacional americana, cuja a sede é em Nova Iorque, e ele foi trabalhar em Washington?” – Ciro Gomes (PDT)

Empresa responde

Ao UOL, a Alvarez & Marsal afirmou que Sergio Moro foi contratado para compor uma unidade da empresa que não teve resultado incrementado por conta de projetos de reestruturação.

A administradora judicial não revela quanto pagou a Moro pelos serviços, devido a compromisso de confidencialidade firmado entre as partes.

“A Alvarez & Marsal prestou todos os esclarecimentos solicitados pelo TCU de forma tempestiva e colaborativa, sendo que o parecer técnico do TCU demonstrou não haver nenhum tipo de conflito”, afirmou a companhia.

Na prestação de contas, a consultoria norte-americana lista 23 empresas em processo de recuperação judicial ou falência. Dessas, ao menos 6 estiveram envolvidas na Lava Jato:

  • Odebrecht/Atvos: R$ 33,2 milhões
  • Banco BVA: R$ 22,5 milhões
  • Grupo OAS: R$ 5,8 milhões
  • Queiroz Galvão: R$ 3,3 milhões
  • Enseada: R$ 172,5 mil
  • Agroserra: R$ 120,0 mil

 

Por Redação

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