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Conforme antecipou o Brasil Independente em 6 de fevereiro, Marília Arraes (PT-PE) parece estar mesmo de saída do Partido dos Trabalhadores (PT).
De acordo com nota publicada hoje (23) pelo jornalista Guilherme Amado, colunista da Época, o PT prepara a expulsão da deputada federal, entre outros motivos, por conta da vitória de Arraes sobre a candidatura oficial petista para a Segunda Secretaria da Mesa Diretora, representada na figura do deputado federal João Daniel (PT-SE). Contrariando a decisão partidária, Arraes contou com o apoio de Arthur Lira (PP-AL).
Desgaste
A coluna informou no início do mês que a candidatura avulsa de Marília à 2ª secretaria da Câmara, contrariando a decisão partidária, somada aos episódios da disputa eleitoral de 2018 e 2020, poderiam ter sacramentado a saída da herdeira de Miguel Arraes do PT.
No dia 14, a coluna voltou ao assunto noticiando, novamente em primeira mão, que a cúpula do partido avaliava sanções contra a deputada após ter sido eleita para a Mesa Diretora da Câmara sem anuência do PT.
Histórico
Marília Arraes (PT-PE) foi candidata à prefeitura de Recife, capital do estado, nas eleições do ano passado, sendo derrotada no segundo turno por João Campos (PSB-PE), que assumiu o cargo em janeiro.
Em 2018, viu sua candidatura à governadora de Pernambuco em 2018 ser ‘rifada’ pelo acordo nacional costurado entre PT e PSB. A aliança entre os dois partidos teve participação direta do ex-presidente Lula, que na época havia sido condenado por Sergio Moro na Laja Jato a 9 anos e meio de prisão e estava cumprindo pena. Lula foi impedido pelo TSE de ser candidato à presidência da República baseado na Lei da Ficha Limpa, sancionada pelo próprio Lula, então presidente da República, em junho de 2010.
Lula está recorrendo das condenações de Moro no STF em meio à ‘Vaza Jato’, vazamentos de conversas hackeadas entre procuradores da Lava Jato e o juiz Sergio Moro que podem comprometer a credibilidade das investigações, causando anulações de condenações de Moro em processos da Lava Jato.
EM 2018, o PT acabou lançando Fernando Haddad à disputa presidencial acabou vencida por Jair Bolsonaro (Sem partido), no segundo turno, derrotando o candidato petista.