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Golpe milionário em militares – Uma quadrilha especializada em estelionato aplicou um golpe milionário em cerca de 30 agentes da Polícia Militar e Forças Armadas. Os criminosos se passavam por advogados e por comandantes da PM para convencer as vítimas a transferirem dinheiro para suas contas.
O golpe era direcionado principalmente a militares da reserva e pensionistas, em sua maioria idosos ou portadores de doenças graves. Os estelionatários entravam em contato com as vítimas informando que elas tinham direito a receber valores de ações previdenciárias.
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Para dar mais credibilidade ao esquema, os criminosos se utilizavam nomes de autoridades do alto comando da PM.
De acordo com o promotor de Justiça Peterson Queiroz Araújo, os golpistas já tinham em mãos dados detalhados dos militares da reserva. Eles ligavam fingindo ser advogados e informavam que a pessoa tinha valores a receber em uma ação coletiva contra a previdência social.
Para confirmar a veracidade das informações, a vítima era orientada a ligar em um número 0800. Ao entrar em contato com esse número, a vítima era atendida por outro criminoso que se passava por major ou coronel da PM.
Esse segundo criminoso confirmava informações, como o valor do benefício e dados pessoais da vítima. Como a quadrilha já tinha os dados pessoais das vítimas, elas não desconfiavam.
Como funcionava o golpe
Para receber o dinheiro, o “beneficiário” precisaria transferir uma determinada quantia, aos criminosos que alegavam que o valor iria cobrir às custas do processo e honorários: “Eles diziam que o direito estaria se esgotando, se não pagasse o valor iria retornar para os cofres públicos”, detalha Araújo.
Após a vítima ser convencida da veracidade do benefício, pagava o valor, e a quadrilha entrava em contato novamente dizendo que o benefício havia sido recalculado e a pessoa deveria fazer um novo depósito para cobrir as despesas.
A vítima ia depositando até perceber que estava sendo vítima de um golpe, perder uma quantia razoável ou ser alertada por algum familiar.
Uma das vítimas, de 84 anos, chegou a perder cerca de R$ 200 mil. O prejuízo total ultrapassa R$ 700 mil.
Quadrilha é desarticulada
Porém, na manhã desta quarta-feira, agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Belo Horizonte (MG) efetuaram a prisão de seis integrantes da quadrilha, em uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A operação, apelidada de “O Ilusionista”, cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ibirité, Mateus Leme e São Francisco.
(Com informações do Estado de Minas)
(Foto: Reprodução)