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Quaquá tira foto com Pazuello – O deputado federal e vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá (PT-RJ), respondeu as críticas que recebeu após postar uma foto com o ex-ministro da Saúde e agora seu colega na Câmara dos Deputados, Eduardo Pazuello.
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O petista publicou um vídeo em que chama os críticos de “idiotas” e utilizou nomes de intelectuais e políticos de esquerda como Paulo Freire, Rosa Luxemburgo e Leonel Brizola para justificar o “diálogo” com Pazuello.
“Essa esquerda stalinista, como uns idiotas aí que escreveram bobagens na internet, esses são os stalinistas, idiotas e fascistas iguais aos nazistas”, escreveu ao defender sua postagem ao lado do ex-ministro da Saúde.
Em seguida, Quaquá postou também uma foto de um jumento e escreveu: “De direita ou de esquerda, jumento é jumento!”.
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Pazuello estava à frente do Ministério da Saúde durante o ápice da pandemia de Covid-19 e é considerado um dos responsáveis pela demora na compra de vacinas contra a doença.
Era ele também que comandava a pasta quando o governo não forneceu oxigênio suficiente para pacientes intubados em Manaus, o que levou a mortes por sufocamento.
Ao publicar a foto com o general, Quaquá disse que quer “criar pontes de diálogo com os militares” e que “gostou do tom civilizado do general”, mas já antecipava que receberia críticas pela aproximação.
“Resolvi postar a foto nossa mesmo sabendo que intolerantes da direita e da esquerda vão criticar! A tarefa do governo Lula e da figura maior do nosso presidente é unir, pacificar e reconstruir o nosso país!”, disse na postagem.
Durante a campanha presidencial, o presidente Lula criticou diversas vezes o ex-ministro da Saúde, dizendo até que o colocaria na cadeia devido à sua atuação na pandemia. O governo do petista também solicitou o acesso a um processo que apurou a participação de Pazuello em um ato político, em maio de 2021, a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Polêmicas de Washington Quaquá
Washington Quaquá, ex-prefeito de Maricá (RJ), se envolveu em diversas polêmicas ao longo de sua trajetória política. Algumas delas são:
Festival Maricá
Em 2014, durante a gestão de Washington Quaquá como prefeito de Maricá (RJ), foi realizado o Festival Maricá, festival criticado pelo seu custo avaliado em R$10 milhões.
Críticos acusaram Quaquá de usar o Festival Maricá como uma estratégia de promoção pessoal e de seu grupo político por chamar para o festival apenas artistas simpáticos ao PT e ligados aos movimentos sociais ligados ao partido.
Quaquá, por sua vez, defendeu a realização do Festival Maricá como uma forma de estimular a economia local e de promover a cultura e o lazer para a população. Ele argumentou que o evento gerou empregos temporários, movimentou a rede hoteleira e de restaurantes da cidade e trouxe entretenimento gratuito para a população.
Agressão a manifestante usando camiseta com suástica
Em 2018, Quaquá agrediu um manifestante que usava uma camisa com uma suástica nazista durante uma manifestação pró-Lula em Niterói. O episódio gerou controvérsia e levantou debates sobre a liberdade de expressão e o combate ao nazismo.
Também foi criticado duramente por militantes do seu próprio partido por dizer que o PT deveria ‘cair na real’ e assumir que é um ‘burguês e reformista’ e não socialista.
Acusações de corrupção
Quaquá foi investigado em diversas ocasiões por suspeitas de corrupção. Em 2017, foi preso temporariamente na Operação Caixa d’Água, acusado de envolvimento em esquemas de corrupção na Prefeitura de Maricá, mas depois foi absolvido pelo juiz Marcelo Bretas.
Candidatura cassada
Durante sua gestão como prefeito de Maricá, Quaquá implementou diversas políticas polêmicas, como a criação de um sistema próprio de moeda, a “mumbuca”, e a construção de um parque aquático financiado com recursos do município. Eleito deputado federal em 2018, Quaquá não pode assumir mandato em Brasília por ter sido condenado na 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
Ele foi acusado de utilizar um decreto municipal que concedeu de forma indevida e indiscriminada gratificação de representação de gabinete a mais de cem correligionários e apadrinhados políticos. Como resultado da condenação, foi considerado inelegível, mas concorreu mesmo assim.
Críticas a Freixo
Um conhecido adversário de Freixo na esquerda do Rio de Janeiro, Quaquá protagonizou polêmicas como presidente do partido no Rio ao ser contra o apoio do PT a Marcelo Freixo nas eleições para a Prefeitura em 2016 e também e ao governo em 2022. Segundo Quaquá, seu correligionário (Freixo voltou para saiu do PSB e voltou para o PT neste ano de 2022) seria um representante da ‘esquerda do Leblon’.
(Foto: Reprodução)