A rejeição da população brasileira ao governo Bolsonaro não para de crescer. Uma pesquisa realizada pelo instituto PoderData aponta que, nos últimos 15 dias, a parcela da população brasileira que desaprova a gestão de Jair Bolsonaro como presidente da República explodiu e saltou de 41% para 48%.
O cenário apresentado não poderia ser pior: todas as outras opções caíram na avaliação dos brasileiros e brasileiras.
Bolsonaro vive seu pior momento político desde que assumiu a presidência.
Desde a crise na saúde pública até a prisão de Daniel Silveira (PSL-RJ), bolsonarista de carteirinha, a mando de Alexandre de Moraes e confirmada pelos colegas do STF por 11 a 0, por publicar um vídeo com ameaças aos ministros da Corte e defendendo o AI-5.
O AI-5, vale lembrar, foi o nome dado à um decreto feito pelo governo militar em 1968 e que acabou por promover sequestr0s, torturas e assassinatos praticados por agente do Estado contra jornalistas, artistas e adversários políticos.
Bolsonaro, como se sabe, é um entusiasta do regime militar brasileiro (64-85) e já afirmou ser a favor da prática de tortura.
Comenta-se que o STF, acima de tudo – que nem o jargão do governo-, deu um recado político claro ao Congresso Nacional e à Jair Bolsonaro: não aceitará mais ataques aos ministros e à autoridade da Suprema Corte brasileira.
Ontem (17) foi um dia “quente”. Ainda na madrugada, o colega de partido e estado Carlos Jordy chamou Moraes de “vagabundo”. Durante o dia, sinais trocados: enquanto o deputado Vitor Hugo (PSL-GO), líder do partido na Câmara, criticou a prisão de Silveira, o presidente da sigla, Luciano Bivar (PSL-PE), criticou o colega preso e afirmou ter dado início ao processo de expulsão de Daniel Silveira.
Por fim, apoiadores do parlamentar agrediram um homem que protestava segurando uma placa em homenagem à Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro em março de 2018, igual à placa que Silveira quebrou durante ato de campanha, em outubro do mesmo ano.