Renan Bolsonaro é indiciado – A Polícia Civil do DF indiciou Renan Bolsonaro – filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – por falsidade ideológica, uso de documentos falsos e lavagem de dinheiro. Outros investigados também foram indiciados.

Em nota à imprensa, a Polícia Civil do DF confirmou ter indiciado Jair Renan Bolsonaro, Maciel Alves de Carvalho e “outros investigados”. Em agosto de 2023, Renan e Maciel foram alvos da Operação Nexum, que mirava um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

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A suspeita dos investigadores da polícia é de que o ‘04’ fraudou documentos, falsificando relações de faturamento da empresa RB Eventos e Mídia para conseguir um empréstimo de R$ 157 mil. Depois, em 2023, obteve novos empréstimos de R$ 251 mil e R$ 291 mil, sob o mesmo esquema fraudulenta, aponta a polícia.

O banco entrou na Justiça para cobrar R$ 360 mil de um empréstimo não quitado e no dia 09 deste mês, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) intimou Renan Bolsonaro a pagar a quantia em até três dias, sob o risco de ter suas contas bancárias bloqueadas.

A ação foi ajuizada pelo Santander em dezembro de 2023 e tinha como alvos o filho de Bolsonaro, Maciel e a RB Eventos e Mídia.

Um relatório da investigação foi enviado à Justiça em 8 de fevereiro, levando Renan e Maciel a serem indiciados pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Agora, cabe ao Ministério Público decidir se vai ou não apresentar denúncia. A Polícia Civil não deu mais detalhes sobre o processo, que continua sob sigilo.

Relembre o caso

Renan Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Civil em 24 de agosto de 2023. Na ocasião, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em dois endereços de filho do ex-presidente: um apartamento em Balneário Camboriú (SC) e outro em Brasília.

Na operação, também foram cumpridos dois mandados de prisão, um deles contra o coach e instrutor de tiro Maciel Alves de Carvalho, de 41 anos.

A suspeita da polícia era de que grupo agia a partir de laranjas e empresas fantasmas, utilizando identidades falsas para abrir contas bancárias. O principal alvo da operação era Maciel, apontado como mentor do esquema.

O ex-instrutor de tiro de ‘04’ também já havia sido alvo de outras duas operações da Polícia Civil do DF em 2023, no âmbito da Falso Coache e da “Succedere”. Maciel era suspeito de usar CPF falso para comprar armas e investigado em um esquema de fornecimento de notas fiscais falsas.

“Os investigados forjam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, utilizando-se de dados de contadores sem o consentimento destes, inserindo declarações falsas, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, bem como mantêm movimentações financeiras suspeitas entre si, com o possível envio de valores para o exterior” – Trecho de nota da Polícia Civil do DF sobre a Operação Nexum

(Com informações de UOL)
(Foto: Reprodução/Instagram)