Share This Article
Corrupção de Bolsonaro – É lugar comum dizer que CPI sabemos como começa, mas não como termina. Pois a da Covid, ou da Pandemia, para quem preferir, está diante do maior e mais grave escândalo de corrupção da nossa história. Pelo valor expressivo – ao menos R$ 500 milhões – e pelo resultado direto: a morte de milhares de brasileiros sem vacina.
Jair Bolsonaro, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, o deputado Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão, que coordenava a área de importação do Ministério da Saúde, precisam explicar rapidinho por que uma empresa atravessadora, a Precisa, receberia tal valor para intermediar um negócio de R$ 1,6 bilhão no qual o próprio presidente se envolveu.
LEIA: Renan: Se Onyx intimidar testemunha, será preso; Luis Miranda rebate ministro
LEIA: Onyx ameaça deputado pivô do escândalo da Covaxin: ‘Vai se entender com a gente’
LEIA: Kalil se afasta de Lula: ‘Tava na TV em novembro pedindo voto contra mim’
LEIA: Ricardo Salles pede demissão após virar alvo da PF
Por que Jair Bolsonaro pagou R$ 80,70 por uma vacina que custava R$ 7,20? Por que Jair Bolsonaro pagou mais de 1.000% a mais do que o real valor de uma vacina que sequer havia sido testada? Por que Jair Bolsonaro interferiu junto ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, por uma vacina que não estava disponível e era mais cara do que outras ofertadas ao Brasil?
Por que uma empresa ligada ao líder do governo Bolsonaro, segundo informações da imprensa, vai receber R$ 500 milhões sem produzir uma única dose de imunizante? Por que o processo de aquisição dessa vacina, a Covaxin, foi tão mais célere do que as demais?
Não há explicação técnica ou lícita para vacinas como Pfizer, Janssen, AstraZeneca e Coronavac, todas mais baratas, testadas no Brasil e comprovadamente eficazes, terem sido preteridas em favor de um imunizante que não estava em produção, não havia sido testado e não tinha, como ainda não tem, aprovação da Anvisa.
LEIA: Tico Santa Cruz: “Lula não é minha opção para o 1º turno de 2022”
LEIA: MP denuncia 35 PMs por motim no Ceará em que Cid Gomes foi baleado
LEIA: Carta-bomba de Palocci ao PT escrita em 2017: ‘Presenciei desmonte moral’ de Lula
Se o deputado aliado do bolsonarismo Luís Miranda alertou o presidente, como diz ter feito, e não aos órgãos de controle e investigação, ele prevaricou. Se seu irmão não denunciou tempestivamente a pressão para aprovar a compra da Covaxin, ele prevaricou.
O líder Ricardo Barros pressionou a Anvisa publicamente e foi por uma emenda sua que a importação da vacina indiana teve a importação autorizada. É preciso esclarecer essa ação entre amigos envolvendo todas as pontas do processo de aquisição. Para quem operava rachadinhas e outros negócios com milicianos, a vida dos outros só tem valor pecuniário.
A CPI tem de ir atrás dessa história. E investigar se marginais agiram na pandemia para ganhar milhões enquanto brasileiros morriam porque o governo não quis comprar vacinas sem intermediação. Mas não apenas a CPI. A Procuradoria-Geral da República tem o dever constitucional de agir.
LEIA: Site contabiliza ‘cagadas’ de Bolsonaro; conheça o ‘Cagômetro’
LEIA: CNN publica mensagens entre Luis Miranda e assessor do governo Bolsonaro
ASSISTA: Vídeo: Cristãos Trabalhistas rebate ataque de Silas Malafaia a Ciro Gomes
LEIA: Covaxin: Deputado diz que alertou Bolsonaro sobre ‘algo estranho’
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também. Se faltavam circunstâncias para um impeachment, estão aí 500 milhões delas. Um conterrâneo seu Fernando Collor de Mello caiu graças às denúncias do próprio irmão. Agora, são dois irmãos a denunciar que Bolsonaro foi alertado sobre as suspeitas de corrupção e que as pressões vinham de Élcio Franco, número 2 da gestão Eduardo Pazuello na Saúde.
Os serviços prestados por Pazuello a Bolsonaro – quais? – levaram o presidente a humilhar o comando do Exército, ao impedir que o general fosse punido pela presença num palanque político. Também garantiu a ele um emprego na antessala de Bolsonaro.
LEIA: Amanda Salgado: “Falsos patriotas…o verde e amarelo é nosso!”
LEIA: Pazuello lidera em potenciais falsos testemunhos; CPI aponta 38
LEIA: Tasso pode apoiar Ciro: ‘Candidato de centro não tem que ser do PSDB’
Se assim tudo aconteceu, é, no mínimo, caso de afastar de uma vez por todas Bolsonaro da Presidência, responsabilizar e punir exemplarmente os demais envolvidos.
Por Roberto Freire, presidente do Cidadania
Texto publicado originalmente no site Metrópoles.
—
Este texto é opinativo e não reflete, necessariamente, a opinião do site Brasil Independente.
Governo quer flexibilizar validade de alimentos no Brasil
Em um aceno ao setor de supermercados, o governo vai criar um grupo de trabalho para avaliar proposta de flexibilização da regra que trata da validade de alimentos no Brasil. A sugestão é adotar modelo que permita vendas de baixo custo e doações a partir de determinado prazo.
Leia a matéria completa aqui.
LEIA: Wilson Witzel diz que é perseguido por investigar morte de Marielle
LEIA: Witzel diz que revelará ‘fato gravíssimo’ contra Bolsonaro em reunião sigilosa
Witzel: Milícia atua na máfia da saúde no RJ; ‘Corro risco de vida’
Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (16) no Senado, o ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou que ele e sua família correm risco de vida e que seu impeachment foi financiado por uma máfia na área de saúde.
Leia a matéria completa aqui.
LEIA: Casal acusa jovem negro de roubo, é denunciado por racismo e demitido
LEIA: 19J: Manifesto da JS-SP pede povo unido por vacina, trabalho e fora Bolsonaro
Sociólogo diz que desistência de Huck ‘beneficia centro-esquerda’
Em entrevista publicada no Estadão e assinada pelo jornalista Pedro Venceslau, o especialista em pesquisas eleitorais, sociólogo Antonio Lavareda, presidente do conselho do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), disse que os partidos que buscam uma “terceira via” nas eleições presidenciais de 2022, como alternativa à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), precisam encontrar um nome que atinja os dois dígitos nas pesquisas de intenção de voto até o início do ano que vem.
Leia a matéria completa aqui.
LEIA: Kalil não descarta ser vice de Ciro Gomes: “É um ótimo nome”
LEIA: Flávio Dino: ‘Não excluo Ciro Gomes e PDT de qualquer debate’
LEIA: Luciano Huck desiste da presidência em 22 e terá domingo na Globo
Veja mais notícias no BRI.