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Mísseis hipersônicos em submarinos nucleares – Em meio ao conflito contra a Ucrânia e troca de ameaças com a OTAN e os EUA, a Rússia está equipando novos submarinos de propulsão nuclear com mísseis hipersônicos Tsirkon.
Assim, o país deve se tornar o primeiro país do mundo com tal capacidade ofensiva – testada pela 1ª vez em 2021.
A informação foi dada em entrevista à agência RIA, publicada nesta segunda (14), pelo chefe da Corporação Unida de Estaleiros, Alexei Rakhmanov, que unificou vários fabricantes de navios e submarinos do país.
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“Os submarinos nucleares multipropósito Iasen-M serão equipados com o sistema de mísseis Tsirkon de forma regular”, afirmou.
O 3M22 Tsirkon (zircão, em russo) é um míssil hipersônico já em operação desde o começo do ano na fragata Almirante Gorchkov, que chamou a atenção global ao simular lançamentos no Atlântico Norte em um inédito exercício com as Marinhas da China e da África do Sul.
Mach 9
Sua versão naval tem alcance estimado de 1.000 km e pode chegar a Mach 9 (nove vezes a velocidade do som, ou 11 mil km/h). O 3M22 Tsirko é uma arma mais sofisticada do que o hipersônico Kinjal (punhal), que já é lançado de caças MiG-31K com alguma regularidade contra alvos na Ucrânia.
O outro sistema hipersônico do arsenal da Rússia em operação é o Avangard (Vanguarda), planador que é levado por um míssil intercontinental até alta altitude e, de lá, manobra até seu destino com uma carga nuclear.
Todos eles fazem parte do pacote de “armas invencíveis” lançado por Vladimir Putin em 2018 e marcaram a liderança russa no campo dos hipersônicos. A China veio logo a seguir e, acredita-se, está com um arsenal próprio em operação.
Já os EUA ainda patinam neste tipo de armamento, enquanto rivais como Irã e Coreia do Norte já estariam desenvolvendo seus próprios modelos.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Reprodução)