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Seita no Quênia – Nesta segunda-feira (24), a polícia do Quênia anunciou ter localizado os corpos de 58 supostos fiéis de um culto que estimulava seus seguidores a jejuarem para “conhecer Jesus”.
Destes, 50 tiveram seus cadáveres descobertos em valas comuns – além deles, oito pessoas haviam sido encontradas vivas e encaminhadas a hospitais, mas não sobreviveram.
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Outras 29 pessoas foram resgatadas.
As autoridades prosseguem com as buscas, mas a expectativa é de que a cifra de óbitos siga aumentando nos próximos dias. Segundo a Cruz Vermelha local, 112 pessoas estão desaparecidas.
Os seguidores da autoproclamada Igreja Internacional das Boas Novas viviam em vários assentamentos isolados em uma floresta no vilarejo de Shakahola, perto da cidade costeira de Malindi.
O ministro do Interior queniano, Kithure Kindiki, informou que a área de quase 320 hectares foi cercada e declarada como cena de crime.
Líder da seita está preso
O líder da seita é o pastor Paul Mackenzie – chamado de Paul Mackenzie Nthenge pela imprensa local -, que é acusado de realizar “uma lavagem cerebral” nos seguidores do culto.
Mackenzie está detido desde 15 de abril, quando autoridades receberam a denúncia de que corpos de ao menos 31 dos fiéis do grupo foram enterrados em covas rasas.
O pastor já havia sido preso e indiciado antes, em março, depois de ser denunciado pela morte de duas crianças por fome, mas foi solto sob fiança.
Um policial afirmou à AFP que o pastor iniciou uma greve de fome e “está orando e jejuando” na prisão.
outros 14 membros do grupo estão sob custódia da polícia. O caso irá a julgamento no início de maio.
Presidente se manifesta
Presidente do Quênia, William Ruto condenou o clérigo ao discursar em um evento nos arredores da capital, Nairóbi, nesta segunda.
O líder político declarou que Mackenzie “se apresenta como pastor quando, na verdade, é um criminoso terrível”.
William Ruto afirmou que os ensinamentos do pastor são contrários aos de qualquer religião autêntica.
Ruto ainda acrescentou que instruiu órgãos governamentais a investigar a origem do caso.
O presidente queniano declarou que o país irá combater aqueles que se aproveitam da fé alheia “para promover ideologias bizarras e inaceitáveis”.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Montagem/Reprodução)