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Sindicato denuncia empresa por negar PLR – O Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd-SP) foi à público para denunciar o Grupo Stefanini pelo fato de a empresa se negar a pagar PLR (Participação em Lucros e Resultados) aos trabalhadores da empresa.
Nesta quinta-feira (13), o sindicato fez nova denúncia, de que obteve provas revelando que – enquanto nega o pagamento do benefício aos trabalhadores, a Stefanini pagou suntuosas quantias de PLR a seus gerentes e supervisores.
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“Provas obtidas pelo Sindpd demonstram que a empresa agraciou seus gerentes e supervisores com PLRs nos anos de 2018, 2019, 2020, 2021, 2022 e 2023”, denuncia.
“Há quase 10 anos o sindicato se esforça para firmar um acordo de distribuição dos lucros (PLR) que são dos trabalhadores por direito. Somente na esfera judicial são 6 anos de luta entre o SINDPD e a STEFANINI pelo não cumprimento do PLR”, afirma o sindicato.
Em 2022, a Stefanini – que presta serviço para grandes empresas privadas – registrou um faturamento de mais de R$ 6 bilhões, reservando um montante de R$ 750 milhões para aquisições entre os anos de 2021 a 2023.
A empresa também presta serviço para o governo do Estado de São Paulo.
“Apesar da STEFANINI se negar a pagar o que é do trabalhador por direito, dinheiro não falta a empresa”, dispara o sindicato.
Diante do cenário, o Sindpd-SP convocou os funcionários da empresa para que se mobilizem em busca em uma de solução para a conduta ilegal da empresa.
“Essas e outras situações mostram que o único caminho para estancar o desrespeito é a mobilização. O sindicato tomará as medidas judiciais cabíveis contra essa injustiça, mas conclama os trabalhadores a participarem para deliberamos as ações necessárias”, diz comunicado no site do Sindpd.
O sindicato também revela que recebeu inúmeras denúncias de assédio moral, atrasos em pagamentos de verbas rescisórias, descumprimento de cotas para PCD’s, além de contratações feitas em regimes questionáveis.
Greve na Qintess
O Sindpd foi o sindicato que mediou e orientou os trabalhadores da Qintess durante o processo de deflagração de greve, nas últimas semanas.
Dentre as principais denúncias, constavam constantes atrasos no pagamento de salários, férias, vale-refeição, vale-alimentação, vale-transporte, reembolso por quilometro rodado, banco de horas e nos depósitos do FGTS.
Na manhã da última segunda-feira (10), trabalhadores paralisaram suas atividades e fizeram um protesto em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), sob a coordenação do sindicato.
No fim da tarde do mesmo dia, a empresa cedeu e ofereceu um acordo, se comprometendo a sanar as irregularidades denunciadas pelos funcionários.
Em assembleia, os trabalhadores aceitaram o acordo e suspenderam a greve, que pode voltar a ser decretada em caso de descumprimento do acordado por parte da Qintess.
“Por isso, é hora de nos unirmos e lutarmos, como fizeram os trabalhadores da Qintess, em sua greve vitoriosa, para garantirem seus direitos!”, aponta o Sindpd.
(Por Thiago Manga)
(Foto: Montagem/Reprodução)