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Talebã mira Cabul no Afeganistão – Folha de S. Paulo – “O distrito 9 e o 5 caíram. A prisão de Hilmand foi cercada e todos os prisioneiros do Taleban e do Estado Islâmico foram libertados. O bairro central caiu. Bandeira do Taleban no telhado da sede do governo”, informou, às 19h15 (12h15 no horário de Brasília) desta quinta-feira (12), um morador de Herat.
Vinte minutos depois, outro morador deu a sentença: “Caiu definitivamente. Não há esperança.”
De Teerã, o jornalista e pesquisador iraniano Fariborz Mohammadkhani conversava pelo celular com seus conhecidos na terceira maior cidade do Afeganistão e enviava à Folha, em tempo real, as notícias sobre a conquista da cidade pelo Taleban.
É a maior cidade tomada até agora pelo grupo fundamentalista, que já domina 80% de todo o território afegão, segundo admitiu o próprio governo do presidente Ashraf Ghani, que perde rapidamente o controle sobre o país. No domingo retrasado, o Taleban lançou a maior ofensiva em anos, na esteira da retirada americana do país —onde permanecia desde a invasão de 2001 que derrubou o grupo.
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal The New York Times, os EUA já preveem o colapso de Cabul em 30 dias e estão preparando a evacuação de cidadãos americanos no país, incluindo militares e funcionários da embaixada.
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A segunda maior cidade afegã, Kandahar, também é estratégica e foi invadida nesta quinta, segundo disseram moradores à rede Al Jazeera. O Taleban postou em suas redes sociais que já dominam o território, mas a única informação confirmada até agora é que há fortes batalhas dentro dos limites do município.
Capital da província de mesmo nome, Herat fica no oeste do país, a cerca de 800 quilômetros de Cabul, perto da fronteira com o Irã. Os insurgentes tentavam entrar na cidade há semanas, mas as forças do governo em conjunto com uma milícia local estavam conseguindo resistir.
Há cerca de dez dias, os talebans tentaram tomar o aeroporto internacional, situado a 10 km de Herat, mas foram derrotados. Na noite desta quarta-feira (11), porém, a ofensiva foi forte demais.
“Infelizmente, eles tomaram uma ponte que pertencia às forças de segurança depois de duas batalhas. Não conseguimos pará-los, e eles acabaram entrando na cidade por essa brecha”, contou Abdolrazagh Ahmadi, ex-secretário de Educação de Herat e porta-voz do Movimento de Resistência do Povo do Sudoeste, forças populares que defendem a região
A milícia é comandada por Amir Ismail Khan, um veterano da guerra contra os soviéticos que já foi ministro e é muito conhecido no país.
A casa de Khan foi cercada pelos talebans assim que eles entraram na cidade. “Amir está lutando e ainda vivo. Mas não temos notícias de em qual zona ele está agora”, disse Ahmadi.
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Segundo o porta-voz, os insurgentes usavam armas pesadas, entregues a eles pelas forças do governo, que se renderam. Ele contou cerca de 100 mortos e feridos naquele momento. “Foram feitos esforços para reduzir o número de baixas de civis e a maioria deixou a zona de guerra”, disse.
“Quase nenhum reforço [do governo] chegou a Herat, exceto por um período muito limitado. Só os militares que já atuavam na área estavam presentes para defender a cidade”, queixou-se, criticando também “a comunidade internacional, comandada pelos americanos, que deveria ter uma responsabilidade humanitária em relação ao povo afegão”.
“A população está desapontada. As forças populares eram sua única esperança.”
Enquanto isso, o iraniano Mohammadkhani tentava contato com Jaelany Farhad, chefe de comunicação do governo de Herat, que deu entrevista à Folha no último dia 6. Alvo certo das armas do Taleban devido ao seu cargo, ele havia acabado de fugir da cidade com a família e tentava alguma estrada não dominada.
Na conversa do dia 6, ele disse que os moradores estavam em pânico, tanto os mais velhos, que se lembravam da opressão de quando o Taleban comandou a cidade 20 anos atrás, quanto os mais jovens, que nunca viveram uma guerra. “Se eles ganharem, vai ser um massacre. Uma catástrofe humanitária”, afirmou.
Questionado se iria também tentar deixar a cidade, o porta-voz das forças populares, Abdolrazagh Ahmadi, afirmou que não. “Daqui não saio. Se não houver outra saída a não ser me tornar mártir, será meu orgulho.”
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