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Último suspiro de Bolsonaro – O ‘domingo do futebol’ foi daqueles animados e ironicamente, não tem nada a ver com bola na rede. Os últimos dias foram marcados pela confusão sobre a realização da Copa América no Brasil, o que foi defendido e confirmado pelo presidente Jair Bolsonaro. A coisa explodiu de vez com as declarações do treinador da Seleção Tite e o capitão da equipe, Casemiro, que se posicionaram contra a realização do torneio.
A coisa está tão ‘braba’ para Bolsonaro que nos bastidores, se comenta que até Neymar seria contra a realização do torneio e a favor do boicote dos atletas à competição, o que se acontecer de fato, será mais um episódio histórico e inédito – negativamente falando – para a coleção de ‘feitos’ alcançados pelo pior presidente da história da República do Brasil.
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Neste domingo (06), o presidente da CBF, maior aliado do ex-capitão, foi afastado do cargo após ser acusado de assédio sexual e moral por uma funcionária da entidade.
Jair Bolsonaro conseguiu o inimaginável, mas no caminho oposto das ‘lendas’ que entram para a história pelos seus feitos, agora sem aspas. Bolsonaro conseguiu ser um fracasso em tudo.
Seja na economia, no meio ambiente, nas políticas sociais – que destruiu em larga escala -, ou na saúde pública, onde aliás falhou criminosamente, seu governo foi e é um desastre completo. De corrupção então, nem se fala. Além de ter diversos ministros investigados por crimes de vários tipos, mudou o comando da Polícia Federal enquanto seu filho e senador Flávio Bolsonaro era investigado pela corporação.
O ‘mito’ falhou em tudo mesmo, até na missão primária de um presidente eleito pela maioria da população: construir consensos e promover diálogos com as diferentes forças políticas e populares do país. Isso é o mínimo. Nem isso Bolsonaro conseguiu fazer.
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Nada disso. O presidente distribuiu ofensas, traições e ameaças. Além de não conquistar aliado nenhum, conseguiu perder a própria base de apoio, afastando todos os setores que deram suporte à sua candidatura em 2018.
O mercado não aguenta mais. Os investidores estão cada vez mais desanimados com a incapacidade completa de Bolsonaro em estabilizar a economia do país. O empresariado nacional como um todo não tem mais confiança na capacidade do governo de resolver os graves problemas do Brasil. A maioria dos ‘liberais’ já pularam fora.
Na religião, fator importante em 2018, cada vez maiores partes de segmentos cristãos católicos e evangélico começam a debandar por reflexão, remorso ou esperteza. Inclusive, um dos filhos de Bolsonaro saiu do partido comandado pelo bispo Edir Macedo, o Republicanos, e notícias de bastidores sobre um rompimento estar próximo ganham corpo a cada dia. Vale lembrar que Macedo é dono da Igreja Universal do Reino de Deus, a maior igreja evangélica neopentecostal do país.
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A classe média, base de suporte da eleição do homem mais vil que já se sentou na cadeira presidencial, só tomou na cabeça. Dólar disparado, desemprego brutal e uma gestão assassina da pandemia foi revoltando os vários extratos da sociedade, ‘contaminando’ toda a classe média e que a cada dia adentra as classes mais pobres, massacrados por um governo covarde, inconsequente e irresponsável.
Jair Bolsonaro está no limite. Eu que já tinha jogado a toalha sobre a possibilidade do impeachment, estou mudando de ideia. Começo a crer que se derem mais um empurrãozinho, ele não termina o mandato.
Suspeito que as manifestações convocadas para o dia 19 podem acabar desempenhando esse papel, visto que em 13 dias as coisas podem piorar ainda mais para o futuro – de um jeito ou de outro – ex-presidente mais rejeitado da história do Brasil.
Que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, reflita sobre o caos instalado no país e decida fazer seu papel histórico de aceitar um entre as centenas de pedidos de impeachment já protocolados contra Bolsonaro.
Por Thiago Manga, jornalista, assessor político e já atuou em campanhas eleitorais.
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Este texto é opinativo e não reflete, necessariamente, a opinião do site Brasil Independente.