Zelensky aplaude veterano nazista de pé – Presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky aplaudiu de pé um ex-integrante de uma unidade militar nazista durante uma sessão no Parlamento do Canadá, nesta sexta-feira (22).
O episódio gerou uma enxurrada de críticas e reacendeu a polêmica sobre se os ucranianos são simpáticos ao neonazismo.
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Na sexta (22), Zelensky estava ao lado do premiê canadense Justin Trudeau e em um dado momento, o presidente da Câmara dos Comuns, Anthony Rota, destacou a presença na plateia de Iaroslav Hunka, 98, que foi saudado como “um herói de guerra” que lutou pela Primeira Divisão Ucraniana. Zelensky acenou ao veterano e o aplaudiu em duas ocasiões de pé, acompanhado por Trudeau e os demais presentes.
O problema é que a Primeira Divisão Ucraniana também era conhecida como Divisão Galícia, ou 14ª Divisão de Granadeiros das Waffen-SS, o braço militar das notórias tropas de assalto nazistas, a vanguarda ideológica do regime de Adolf Hitler (1889-1945). No seu auge, a organização contou com quase 1 milhão de soldados.
A Waffen-SS foi declarada uma organização culpada por crimes de guerra no Tribunal de Nuremberg, que julgou as atrocidades nazistas. Há relatos abundantes de abusos e execuções. A reação foi imediata: grupos judeus canadenses, críticos históricos do abrigo dado no pós-guerra a 600 ucranianos da SS, condenaram a ovação em pé dada a Hunka.
“Não sabia”
Rota admitiu o erro e se desculpou, dizendo que desconhecia o passado do convidado ex-nazista. Não houve comentários de Zelensky . Vladimir Putin reitera de maneira recorrente a existência de associações pregressa e atual entre a Ucrânia e o nazismo.
Atualmente, algumas unidades das Forças Armadas do país, como o famoso Batalhão de Azov, têm inspiração claramente neonazista.
Até as cruzes pintadas nos tanques do país na guerra, para diferenciá-los dos russos, remetem às da Wehrmacht, o Exército regular nazista.
São fatos incômodos em especial no Ocidente, que apoia Kiev. No entanto, somente a Rússia protestou contra o aplauso vergonhoso de Zelensky.
“Tal desleixo com a memória é ultrajante. Muitos países ocidentais, incluindo o Canadá, criaram gerações mais novas que não sabem quem lutou contra quem ou o que aconteceu na Segunda Guerra Mundial. E eles não sabem nada sobre a ameaça do fascismo”, afirmou o porta-voz russo Dmitri Peskov.
O diplomata da Rússia afirmou que o fascismo “está tentando se firmar no centro da Europa, na Ucrânia”, e que a Rússia trava uma “luta irreconciliável” contra isso.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Reprodução)