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Ano novo que começa. Um texto acerca da segurança pública e dos seus riscos e ameaças seria o necessário. Mas não nessa passagem. Uma passagem de ano com passagem de poder. Poder esse que veio com ruptura de reeleição presidencial pela primeira vez na história deste país.
Também pela primeira vez tivemos uma concreta ação terrorista, que visava atingir o nosso aeroporto do Distrito Federal. Se tivesse êxito, inúmeras seriam as vítimas. Além de atingir um alvo estratégico nacional. Tudo isso fomentado pela inércia de gestores públicos que deixaram essa semente ser “cultivada” em vários setores da sociedade, inebriando todos com discursos de falsa liberdade e moralidade.
Importante lembrar dos avisos e indícios: tivemos célula nazista em Santa Catarina; mortes com a suástica no braço no Espírito Santo. Várias outras situações “corriqueiras (segundo os mesmos gestores)” com o porte de armas maquiado de transporte para falsos CAC’s. Por pessoas movidas por sentimentos nada nobres. Agressões e assassinatos por opção política. Pedidos de golpe contra a democracia sendo relativizados, em nome de votos e cadeiras em parlamentos. E o que era semente virou árvore. Que gera frutos de intolerância, racismo, violência, agressividade, brutalidade e terrorismo.
Espero que a segurança pública brasiliense e brasileira tenham êxito. Consigam enxergar a realidade e combater não só os frutos, mas seus “adubadores/investidores”. Que a omissão quase dolosa seja substituída pela justiça com celeridade.
Um ano novo de muita consciência; foco na eficiência, força e resiliência, ação com inteligência, coerência e beneficência, pertinência, abrangência com confluência e como soa bem o sufixo, né? Após sofrer defendendo o óbvio: um grande abraço na ciência!
Feliz 2023!
Por Flavio Werneck, policial federal e vice-presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Foto: Josemar Gonçalves/Câmara dos Deputados
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