Positivismo – Para além das necessárias manifestações sobre o que representa o feriado da Proclamação da República, gostaria de trazer uma discussão que há muito foi esquecida: por que não falamos mais do positivismo, o grande referencial teórico e prático da República, no Brasil?
Sei que se trata de uma questão muito polêmica, principalmente para os acadêmicos, jornalistas e demais formadores de opinião mais afeitos à razão publicitária que dá, digamos assim, o tom das discussões políticas no nosso país, principalmente no que convencionamos chamar de pensamento progressista.
Meu objetivo não é cutucar, mas sim nos trazer de volta um debate que parece que foi enterrado pela falta cada vez maior de um pensar sobre o Brasil a partir de nós mesmos.
Pois afinal, se foi o positivismo francês, em suas variantes à esquerda e à direita em sua encarnação brasilianista, quem deu as bases para o pensar de uma República e da democracia como a vemos, também foi esse mesmo positivismo que trouxe à tona o viés autocrático como o nosso próprio povo se enxerga e, por consequência, empodera em determinadas conjunturas.
Podemos falar de um positivismo de esquerda ou um positivismo de direita sem a menor dúvida.
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Comte, o grande artificie do positivismo, no Brasil, por exemplo seria interpretado de maneira muito progressista dada a influência e a conjuntura de sua obra em grande parcela da nascente academia brasileira do século XIX.
Nomes como Lima Barreto, Euclides da Cunha e os próprios generais da Proclamação da República foram extremamente influenciados pelo positivismo.
Isso sem falar no caudilho, no melhor sentido da palavra, do sul do país, de Borges de Medeiros a Getúlio Vargas, que não é preciso dizer, daria origem à síntese do trabalhismo, o maior movimento político e transformador de nossa história.
Ou seja, meus companheiros, o positivismo está entranhado em nossa história, em nosso desenvolvimento nacional!
Aproveitemos a data de hoje e não nos esqueçamos de nossa história!
Por Antonio Neto, presidente do diretório municipal do PDT de São Paulo
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Este texto é opinativo e não reflete, necessariamente, a opinião do site Brasil Independente.
AONDE FOI PARAR O PENSAMENTO QUE FUNDOU A REPÚBLICA?🧶
Para além das necessárias manifestações sobre o que representa o feriado da Proclamação da República, gostaria de trazer uma discussão que há muito foi esquecida: por que não falamos mais do positivismo? pic.twitter.com/Zqge0j120M
— Antonio Neto (@antonionetopdt) November 16, 2021
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