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Arábia Saudita executa 81 em um dia – A Arábia Saudita executou 81 pessoas acusada de “terrorismo” neste sábado (12).
A informação foi divulgada pelo Ministério do Interior saudita.
De acordo com a Reuters, o número supera as 67 execuções ocorridas durante o ano de 2021. Em 2020, foram 27.
O país mantém relações diplomáticas estreitas com os EUA e seus aliados europeus, sobretudo por conta dos negócios petrolíferos entre as partes.
O governo da Arábia Saudita argumenta que os réus foram condenados e executados por terem ligações com organizações consideradas terroristas pelo país, tais como o Estado Islâmico, Al Qaeda e os houthi, do Iêmen.
Dos 81 executados, 73 era cidadãos sauditas, sete do Iêmen e um da Síria.
“O reino continuará adotando uma postura rígida e inabalável contra o terrorismo e as ideologias extremistas que ameaçam a estabilidade”, declarou a agência estatal SPA.
No dia anterior, houve a libertação do blogueiro e ativista saudita Raif Badawi, condenado a dez anos de prisão e a sofrer mil chicotadas sob a acusação de “insultar o islã”.
O reino da Arábia Saudita é comandado pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman e seu regime é acusado de uma série de violações dos direitos humanos.
Organizações internacionais acusam o governo do país de promover uma “sanguinária” perseguição contra seus opositores.
Visita ao Brasil
O príncipe saudita deve vir ao Brasil este ano, a convite do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Mohammed bin Salman teria aceitado o convite feito pela diplomacia brasileira em novembro de 2021, ao ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, príncipe Faisal bin Farhan Al Saud.
Em 2019 o presidente Bolsonaro foi criticado por ter realizado uma viagem à Arábia Saudita. Ao rebater as críticas, o mandatário afirmou ter “afinidade” com o Salman.
“Tenho uma certa afinidade com o príncipe. Em especial depois do encontro em Osaka”, disse Bolsonaro referindo-se a reunião que teve com Salman durante a cúpula do G-20, em junho de 2019, no Japão.