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China sobe tom contra EUA – Ministro de Relações Exteriores da China, Qin Gang fez declarações bombásticas nesta terça-feira (07), elevando o clima de tensão global em meio aos conflitos entre Rússia e Ucrânia no leste europeu.
O diplomata afirmou que os Estados Unidos devem mudar sua atitude “distorcida” em relação à região asiática ou haverá um “conflito e confronto”.
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“Se os Estados Unidos não pisarem no freio e continuarem a acelerar no caminho errado, nenhuma barreira poderá impedir o descarrilamento, que trará um conflito e confronto, que arcará em consequências catastróficas”, declarou em entrevista coletiva.
As relações entre as duas superpotências estão tensas há anos, mas têm se deteriorado nos últimos meses.
Entre as razões, a ‘questão Taiwan’, disputas comerciais e o conflito na Ucrânia.
Mas a situação piorou no mês passado depois que os Estados Unidos derrubaram um objeto voador não-identificado na costa leste do país e alegou ser um ‘balão chinês’.
Gang afirmou que “a percepção e as visões dos EUA sobre a China estão seriamente distorcidas. [Os norte-americanos] consideram a China como seu principal rival e o maior desafio geopolítico”.
“Os EUA afirmam que buscam competir com a China, mas não buscam conflito. Mas, na realidade, a chamada ‘competição’ dos EUA é contenção e repressão total, um jogo de soma zero de vida e morte”, declara o chanceler.
Ucrânia e Rússia
Qin declarou que uma “mão invisível” pressionava pela escalada da guerra na Ucrânia “para servir a certas agendas geopolíticas”, sem especificar a quem se referia, mas numa clara alusão à OTAN e aos EUA.
Segundo o ministro, a China precisa ampliar as relações com a Rússia à medida que o mundo se torna mais turbulento.
O presidente chinês Xi Jinping e seu colega russo, Vladimir Putin, tem uma relação de cordialidade e respeito.
Desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, Xi Jinping conversou várias vezes com Putin, mas não com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Moedas
Questionado se é possível que a China e a Rússia abandonem o dólar e o euro para o comércio bilateral, o ministro disse que os países devem usar qualquer moeda que seja eficiente, segura e confiável.
A China tem procurado internacionalizar seu renminbi, ou o yuan, que ganhou popularidade na Rússia no ano passado depois que as sanções ocidentais fecharam os bancos russos e muitas de suas empresas fora dos sistemas de pagamento em dólar e euro.
“As moedas não devem ser o trunfo para sanções unilaterais, muito menos um disfarce para intimidação ou coerção”, declarou Qin.
(Com informações de G1)
(Foto: Montagem/Reprodução)