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Ciro Gomes: ‘Bolsonaro e Lula são iguais no que destrói o Brasil’ – De 1932 a 1980, fomos a economia que mais cresceu na história do mundo. Na década passada inteira, crescemos zero por cento. Zero. Não me canso de repetir esses fatos, porque eles são a mais eloquente prova de duas coisas fundamentais das quais precisamos dramaticamente nos lembrar hoje: nosso país não tem um defeito estrutural, mas algo está muito errado com ele.
É Bolsonaro? Sim, Bolsonaro é uma das coisas que estão erradas neste país. O pior presidente de nossa história, que não demonstra nenhum traço de competência, capacidade ou empatia. Um homem que profere ameaças à nossa democracia, embora seja tão incapaz que não represente ameaça real.
Mas Bolsonaro só governou por dois anos da década passada. Exatamente seus dois anos finais. Não pode ser ele todo o nosso problema. Nosso problema principal é o que o levou a Presidência. Por mais da metade da década passada fomos governados pelo PT. E por outros dois anos e meio, pelo PMDB. O que havia de comum a todos esses governos? A política econômica e o modelo de governança baseados na corrupção e no clientelismo.
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Vamos sintetizar essa política econômica para efeitos didáticos no “tripé macroeconômico”: a busca por geração de superávits primários, pelo centro da meta de inflação e a adoção de câmbio flutuante. Mas essa política em comum é muito mais que isso. A ela hoje se somam a aberração do teto de gastos (com investimentos congelados e juros liberados), o Banco Central dependente do mercado financeiro, a política tributária super-regressiva (cobra mais do pobre e menos do rico) e a falta de investimentos públicos e uma política industrial com o governo sempre à procura dos ventos da “confiança do mercado”, esperando a reencarnação dos “espíritos animais” dos nossos capitalistas.
Esse modelo econômico, que se arrasta no Brasil desde o governo FHC, só encontrou um momento de bonança durante o boom das commodities, que se deu justamente a partir do último ano de FHC até a crise de 2008. Ainda assim, o crescimento médio do País seguiu medíocre durante esse período, praticamente a metade do ritmo de crescimento que teve entre 1932 e 1980, com a economia se primarizando dramaticamente, no maior processo de desindustrialização da história mundial.
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Embora tenha sido “salvo” pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia Paulo Guedes segue reclamando nos bastidores da articulação de integrantes da ala política do governo para derrubá-lo do cargo.
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De acordo com O Antagonista, a intensa troca de mensagens que levou à suspensão da filiação de Jair Bolsonaro ao PL foi mais grave do que se pensava. O diálogo teria terminado com troca de ofensas de ambos os lados, com Valdemar Costa Neto deixando claro ao presidente quem manda e continuará mandando na legenda.
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