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7/9: Grupos evangélicos batistas condenam ‘golpismo’ e ‘desconvocam’

Grupos evangélicos batistas condenam ‘golpismo’ – Em meio à convocação de cristãos sobretudo evangélicos por algumas das lideranças religiosas do segmento para as manifestações em favor de Jair Bolsonaro nesta terça-feira, 7 de setembro, outros grupos protestantes ligados á Igreja Batista emitiram manifestos e comunicados condenando o caráter ‘golpista’ das manifestações e ‘desconvocando’ cristãos batistas para os atos.

O movimento Batistas por Princípios emitiu nota para ‘desconvocar’ os fiéis para as manifestações do feriado de 7 de Setembro, Dia da Independência. Eles lamentaram o posicionamento de líderes religiosos em declarar apoio a “iniciativas autoritárias e pouco democráticas do atual presidente da República” Jair Bolsonaro (sem partido).

Na nota, o grupo demonstrou preocupação com as ameaças de fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), quando as convocações são feitas “em nome da defesa da liberdade”.

O movimento também afirmou que o presidente deve satisfações das últimas acusações divulgadas na mídia.

Por fim, eles pedem para que fiéis, especialmente batistas “que sempre defenderam princípios de verdadeira democracia e separação entre Igreja e Estado” a não comparecerem nas manifestações de 7 de Setembro. O movimento afirma que outras atividades podem ser mais “recompensadoras”.

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Batistas pela democracia

Um grupo de pastores batistas do Espírito Santo ligados ao coletivo ‘Batistas pela Democracia’ também divulgou um manifesto no qual reafirma o compromisso dos religiosos com o Estado de Direito e a separação entre Estado e Igreja.

O texto é intitulado de “Manifesto Independente de Batistas do estado do Espirito Santo pelo Evangelho, pela Democracia, pelo fortalecimento das instituições do Estado Democrático e de Direito”.

Confira as duas notas na íntegra:

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Batistas por Princípios:

“Diante da convocação feita às igrejas evangélicas, por diversas lideranças, para saírem às ruas em apoio às manifestações do próximo dia 7 de setembro, fazemos as seguintes considerações:

  1. Defendemos e propagamos a liberdade de expressão e opinião, garantidas pela Constituição Brasileira, na convicção de que nenhum cidadão do nosso país está acima das normas constitucionais;
  2. Estranhamos o lamentável fato de que pastores, embora ensinem em suas igrejas uma eclesiologia democrático-congregacional, expressem sua solidariedade a uma manifestação de claro apoio a iniciativas autoritárias e pouco democráticas do atual Presidente da República;
  3. Denunciamos, com perplexidade, o evidente caráter contraditório da manifestação, uma vez que — em nome da defesa da liberdade — faz a apologia inconstitucional do fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal;
  4. Expomos nossa desconfiança em relação a um movimento que pretende dar salvo-conduto a um presidente que, juntamente com seus filhos, ainda deve explicações a sérios e graves indícios de corrupção e uso indevido de verbas de gabinete constituídas por dinheiro público — indícios que estão sendo investigados e, por si, revelam situações que parecem desmontar discursos hipócritas contra a corrupção;
  5. Discordamos de todo e qualquer apoio acrítico ao atual governo — bem como à voluntária submissão ao papel de massa de manobra que se tem visto em vários setores da sociedade, em especial no ambiente evangélico — tendo em vista:

a) o fracasso na condução da crise de saúde no país como resultado da pandemia do Coronavírus;
b) o fracasso na condução da crise de saúde no país como resultado da pandemia do Coronavírus;
c) o fracasso no controle inflacionário, resultando no absurdo e crescente aumento de preços, cujos mais notórios são dos alimentos, gás de cozinha e combustíveis, situação que deixa ainda mais vulneráveis aqueles que, de alguma forma, já se encontram prejudicados pela pandemia;
d)
 o fracasso no prometido combate à política predatória do chamado Centrão, cujo maior representante está hoje assentado num dos gabinetes do Palácio do Planalto, na qualidade de Ministro da Casa Civil;
e) o fracasso na estabilização política;
f) o fracasso nas políticas educacionais;
g) o fracasso no plano de prevenção à crise hídrica e de energia elétrica que, depois de claros sinais, agora se avizinha.

6. Afirmamos com ênfase que a convocação para tal manifestação pública, embora exiba como fachada a defesa da liberdade e da democracia, na verdade se revela como astuta tentativa do atual governo de provocar rupturas institucionais e criar ambiente favorável a instalação de um governo autoritário e personalista.

Sendo assim, conclamamos aos irmãos e irmãs, especialmente aos batistas que sempre defenderam princípios de verdadeira democracia e separação entre Igreja e Estado, a não comparecerem às ruas na próxima terça-feira, dia 7 de setembro, aproveitando melhor o seu tempo com outras atividades mais recompensadoras e que, ao fim e ao cabo, demonstrem o autêntico respeito que temos pelo Dia da Independência.”

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Batistas pela Democracia:

“Somos batistas comprometidos com a valorização e a divulgação dos princípios batistas históricos, contidos na Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira, inclusive, a SEPARAÇÃO ENTRE IGREJA E ESTADO.

Não representamos a denominação batista nem falamos em nome da comunidade dos batistas. Nosso objetivo é reafirmar a identidade batista em torno dos princípios que norteiam a nossa fé e a nossa prática contra o avanço do fundamentalismo cristão. Somos cristãos, servos de Jesus Cristo e servimos à Igreja com zelo.

Historicamente, todas as vezes que lideranças religiosas se associaram a movimentos políticos por motivos ESTRANHOS ao Evangelho, os resultados foram trágicos.

Contudo, há que se considerar que a ascensão de um Cristão ou Religioso de qualquer natureza a um determinado cargo político não significa necessariamente envolvimento em ações da “politicagem”. Pelo contrário, julgamos de suma importância a participação política do cristão de forma idônea e republicana. Somos cidadãos também desse mundo.

O que pretendemos dizer? Não há uma Igreja Universal, representativamente e institucionalmente responsável por tudo. Embora caminhemos no princípio da COOPERAÇÃO, cada comunidade de fé é responsável por si, nem mesmo seus pastores ou pastoras podem arvorar a se pronunciarem “em nome da igreja x”, exceto se por ela for constituído e autorizado a fazê-lo.

Por isso repudiamos veementemente qualquer tentativa de vincular a Denominação Batista e suas lideranças a movimentos que fogem aos nossos INEGOCIÁVEIS valores, principalmente os que transigem com discursos autoritários e de ataques aos poderes constituintes da nossa Nação.

A nossa história sempre foi de posicionamentos moderados e modelados pelas Sagradas Escrituras, comungamos seus princípios e valores, dentre eles nosso dever cívico de orarmos pelas autoridades constituídas, mesmo as que estão em oposição aos nossos pensamentos, isso não significa concordância, mas senso crítico que faz parte de toda democracia.

Reiteramos somos a favor do Estado laico e democrático, pois somente nesse ambiente é que, inclusive, as liberdades religiosas são GARANTIDAS.

Rememoramos que nos associamos em laços fraternos como cooperadores em ações a favor do Evangelho, da vida e dignidade humana, porém, nunca em ações politiqueiras e em movimentos que flertem com a destituição ou desequilíbrio dos poderes institucionais que servem de freios e contrapesos numa democracia saudável. Oremos e lutemos juntos por nossa Nação.

Vitória, 04/09/2021

Manifesto/Pronunciamento Independente”

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Por Redação

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