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Líderes globais alertam Brasil – Reportagem de Jamil Chade em UOL informa que os atos planejados para o dia 7 de setembro, organizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ameaçam a democracia e representam uma “insurreição” no Brasil.
O alerta faz parte de uma carta aberta assinada por líderes de todo o mundo e que deixam claro que a comunidade internacional não irá tolerar qualquer ruptura democrática.
Nos últimos dias, entidades estrangeiras já indicaram que estavam preocupadas com os atos do 7 de setembro e que temiam que a data agravasse a tensão política no país.
Haverá um monitoramento por parte da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, enquanto organismos estrangeiros também se mobilizam para acompanhar a situação.
Já o governo americano emitiu um alerta de segurança a seus cidadãos que estejam no Brasil, nesta data. Há poucas semanas, o governo de Joe Biden havia enviado sinais claros ao Palácio do Planalto sobre o risco de uma ruptura ou de uma narrativa de fraude eleitoral.
Agora, líderes, ex-presidentes, parlamentares e personalidades de mais de 25 países apontam para os riscos que a data pode representar.
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“Nós, representantes eleitos e líderes de todo o mundo, estamos soando o alarme: em 7 de setembro de 2021, uma insurreição colocará em risco a democracia no Brasil”. disseram.
A carta é assinada por nomes como o ex-chefe de governo espanhol José Luis Rodriguez Zapatero, o ex-presidente da Colômbia, Ernesto Samper, além Noam Chomsky, o vencedor do prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, e políticos europeus como o grego Yanis Varoufakis, o britânico Jeremy Corbyn e o francês Jean Luc Melanchon. Congressistas americanos também fazem parte dos signatários, além de deputados suíços, alemães e mesmo da Nova Zelândia.
“Estamos seriamente preocupados com a ameaça iminente às instituições democráticas do Brasil – e estamos vigilantes para defendê-las antes e depois de 7 de setembro. O povo brasileiro tem lutado por décadas para proteger a Democracia de um regime militar. Bolsonaro não deve ter permissão para roubá-la agora”, diz o texto.
O texto alerta que ‘Bolsonaro e seus aliados – incluindo grupos supremacistas, policiais militares e funcionários públicos, em todos os níveis do governo – estão preparando uma marcha nacional contra a Suprema Corte e o Congresso em 7 de setembro, alimentando temores de um golpe na terceira maior democracia do mundo’.
“O presidente Bolsonaro intensificou seus ataques às instituições democráticas do Brasil nas últimas semanas”, alerta.
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“Em 10 de agosto, ele dirigiu um desfile militar sem precedentes pela capital, Brasília, enquanto seus aliados no Congresso promoviam reformas radicais no sistema eleitoral do país, considerado um dos mais confiáveis do mundo”.
O texto lembra como Bolsonaro ameaçou – várias vezes – cancelar as eleições presidenciais de 2022. “Agora, Bolsonaro convoca seus seguidores a viajarem a Brasília no dia 7 de setembro, em um ato de intimidação às instituições democráticas do país”, disse.
“De acordo com uma mensagem transmitida pelo presidente em 21 de agosto, a marcha é a preparação para um “contra-golpe necessário” contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal”, explicam.
“Membros do Congresso no Brasil alertaram que a mobilização de 7 de setembro teve como modelo a insurreição na capital dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021, quando o então presidente Donald Trump encorajou seus partidários a “parar o roubo” com falsas alegações de fraude eleitoral em eleições presidenciais de 2020″, completam.
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