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Entregas do governo ao centrão – Como venho afirmando desde a formulação e a aprovação do Arcabouço do Teto de Gastos, o governo vem entregando espaços, orçamentos, poder e protagonismo político ao centrão, de forma pontual, circunstancial e continua devedor como se em cada acerto pontual pagasse apenas parte do preço.
Dessa forma gasta muito, entrega muito além do necessário e não constrói uma base sólida.
A situação se agrava quando cede espaços, poder e orçamento para apoiar e viabilizar projetos de interesse prioritário dos próprios opositores, que provavelmente aprovariam os projetos/iniciativas apenas em razão dos seus próprios interesses.
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Exemplo maior é o Arcabouço do Teto de Gastos, do inteiro agrado e festejado pelo mercado financeiro.
Enfim, nessa linha de ação o governo realimenta as demandas dos opositores e estimula o aumento das exigências (preços), tornando-se cada vez mais dependente das negociações pontuais e estreitas.
A fala do presidente da Câmara, hoje, corrobora e explicita com clareza os comentários que sintetizei no texto e deixa evidente como continuarão sendo conduzidas as relações com o Executivo, especialmente quanto às exigências e cobranças continuadamente crescentes, colocando o governo numa posição de permanente devedor.
Por Lúcio Maluf, sociólogo, secretário de organização do PDT de São Paulo e membro da Direção Nacional do PDT
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Este texto é opinativo e não reflete, necessariamente, a opinião do site Brasil Independente