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O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, garantiu em entrevista que o partido apoiará o candidato que disputar o segundo turno da eleição presidencial de 2022 contra Jair Bolsonaro, caso o presidente e postulante à reeleição chegue lá. O pedetista conversou com o canal de Carta Capital no YouTube.
Para Lupi, que reforça a opção por Ciro Gomes, o PT aposta na repetição de 2018 ao ‘lançar’ o nome de Fernando Haddad, mas permanecer à espera do ex-presidente Lula. “Isso é filme antigo. A gente já viu esse filme na eleição passada. Lula se apresenta, fica de ‘stand by’ o Haddad e depois o Haddad se transforma em candidato.”
Lupi acredita que a chave para vencer em 2022 será convencer a sociedade em torno de um projeto que una o país. “A gente primeiro tem que ter projeto. Não é por falta modéstia, mas é o mundo real: o PDT apresenta um projeto nacional de desenvolvimento desde a campanha de 2018″, afirmou. “O Ciro andou esse Brasil todo e escreveu um livro sobre esse projeto. Nós temos, hoje, candidato e projeto. É o nosso direito. Como é direito do PT ter candidato.”.
Na entrevista, ele pregou o diálogo com outras forças da oposição, como o PT, mas ressaltou que não aceitará qualquer conversa em que o PDT “já entre abrindo mão” ou ouvindo “que tem de apoiar o candidato do PT.”. “Você não pode estar com quem não aceita o diálogo. [Para] todo e qualquer diálogo, estamos sem qualquer tipo de preconceito ou imposição. Mas todos têm de fazer o mesmo”, sentenciou Lupi.
Para o líder pedetista, na próxima eleição presidencial uma aliança entre a esquerda e o centro será decisiva. Centro que na avaliação de Lupi, é composto atualmente por siglas que estavam à direita em outros pleitos. “Com o advento de Bolsonaro e desse grupo de extrema-direita, as forças que estavam mais à direita vieram para o centro”, opinou.
“Hoje, para mim, o DEM está ao centro, defende a democracia. O Rodrigo Maia sempre defendeu a democracia, foi um presidente democrata na Câmara. O próprio ACM Neto defende a democracia”, acrescentou. “O centro foi ocupado pelo DEM, pelo PSD do Kassab, o PSDB sempre circulou pelo centro. Porque o Bolsonaro ocupou esse espaço mais raivoso”, concluiu o ex-ministro do Trabalho durante o governo Lula (PT).
O presidente do PDT também assumiu um compromisso “público e desde agora”: apoiar o candidato que chegar ao segundo turno contra Bolsonaro, caso ele esteja nessa disputa. “Não dá para conceber, tendo uma força de direita no segundo turno, que a gente vá titubear nesse processo. Não tenho dúvida. Estaremos com o candidato que for ao segundo turno contra esse profeta da ignorância”, finalizou.
Fonte: Carta Capital